O Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic) foi um dos responsáveis pelos índices FOTO: ADRIANA PIMENTEL (05/12/2008) |
O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação no Ceará (Undime-CE), Elício Cavalcante Abreu, acredita que nos últimos anos, tanto houve uma relação mais estreita da Secretaria da Educação do Estado (Seduc) com os órgãos municipais, como um envolvimento maior de diretores, professores e familiares no processo de alfabetização. Além do Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), uma lei que vincula o rateio do ICMS ao crescimento dos índices de alfabetização incentivou a educação. Quem cresce mais, ganha mais recursos.
O comprometimento de todos os gestores e a capacidade de acompanhar o mais próximo possível professores e estudantes também foram apontados como fator de crescimento diz a doutora em Educação, Maria Elenira Teixeira.
Iniciativas
Ainda segundo o estudo, um dos resultados mais visíveis é a redução significante do número de municípios que apresentaram taxa de analfabetismo superior a 35%. Em 2000, eram 128 nessa situação, sendo o pior indicador de, aproximadamente, 50% em Granja. Em 2010, a quantidade de municípios classificados com taxa de analfabetismo neste patamar caiu para apenas dez, onde o pior indicador era de 39% (Salitre).
Claudia Sales, orientadora da Célula de Programas e Projetos Federais da Seduc, afirma que o governo reconhece que ainda é necessário oferecer condições para que todos os cearenses conquistem a sua cidadania, apesar da redução da taxa de analfabetismo, e entende que é imprescindível assegurar a essa população uma educação de qualidade em todas as modalidades de ensino.
Claudia Sales comenta que um dos programas implantados na área de educação no Ceará que interferiu na melhora dos índices é o Brasil Alfabetizado (PBA), em parceria entre os governos federal, estadual e municipais. A iniciativa vem sendo praticada nos 184 municípios cearenses, com o objetivo de alfabetizar jovens e adultos de comunidades rurais, das periferias e centros urbanos.
"Essa redução na taxa de analfabetismo, ao longo do tempo, representa um grande avanço em termos de inclusão social para toda a sociedade cearense. Através de programas como esse, é possível se investir na formação dos alfabetizadores, na aquisição de materiais didáticos e pedagógicos e em ações para a prática da cidadania", enfatiza Claudia Sales.
Insignificância
Apesar dos números revelados pelo Ipece serem considerados, relativamente positivos, a mestre e doutoranda em Educação e professora da Universidade de Fortaleza (Unifor), Xênia Diógenes Benfatti, explica que se analisados dentro de uma perspectiva que envolve um grande número de ações e de políticas os dados referentes à redução são considerados insignificantes. "Temos uma enorme quantidade de programas criados para a redução e erradicação do analfabetismo e em dez anos conseguimos apenas este resultado. Estamos longe de onde deveríamos estar", comenta a especialista.
Para Xênia Diógenes, as iniciativas atuais devem ser revistas e praticadas de uma forma integrada e continuada, revendo os currículos do ensino destinado a jovens e adultos. "Se as ações estão dando esse resultado, precisamos voltar para a realidade e começar a pensar o que pode ser feito ainda, como empreender novas metodologias e ter mais cuidado com os materiais didáticos, por exemplo".
O comprometimento de todos os gestores e a capacidade de acompanhar o mais próximo possível professores e estudantes também foram apontados como fator de crescimento diz a doutora em Educação, Maria Elenira Teixeira.
Iniciativas
Ainda segundo o estudo, um dos resultados mais visíveis é a redução significante do número de municípios que apresentaram taxa de analfabetismo superior a 35%. Em 2000, eram 128 nessa situação, sendo o pior indicador de, aproximadamente, 50% em Granja. Em 2010, a quantidade de municípios classificados com taxa de analfabetismo neste patamar caiu para apenas dez, onde o pior indicador era de 39% (Salitre).
Claudia Sales, orientadora da Célula de Programas e Projetos Federais da Seduc, afirma que o governo reconhece que ainda é necessário oferecer condições para que todos os cearenses conquistem a sua cidadania, apesar da redução da taxa de analfabetismo, e entende que é imprescindível assegurar a essa população uma educação de qualidade em todas as modalidades de ensino.
Claudia Sales comenta que um dos programas implantados na área de educação no Ceará que interferiu na melhora dos índices é o Brasil Alfabetizado (PBA), em parceria entre os governos federal, estadual e municipais. A iniciativa vem sendo praticada nos 184 municípios cearenses, com o objetivo de alfabetizar jovens e adultos de comunidades rurais, das periferias e centros urbanos.
"Essa redução na taxa de analfabetismo, ao longo do tempo, representa um grande avanço em termos de inclusão social para toda a sociedade cearense. Através de programas como esse, é possível se investir na formação dos alfabetizadores, na aquisição de materiais didáticos e pedagógicos e em ações para a prática da cidadania", enfatiza Claudia Sales.
Insignificância
Apesar dos números revelados pelo Ipece serem considerados, relativamente positivos, a mestre e doutoranda em Educação e professora da Universidade de Fortaleza (Unifor), Xênia Diógenes Benfatti, explica que se analisados dentro de uma perspectiva que envolve um grande número de ações e de políticas os dados referentes à redução são considerados insignificantes. "Temos uma enorme quantidade de programas criados para a redução e erradicação do analfabetismo e em dez anos conseguimos apenas este resultado. Estamos longe de onde deveríamos estar", comenta a especialista.
Para Xênia Diógenes, as iniciativas atuais devem ser revistas e praticadas de uma forma integrada e continuada, revendo os currículos do ensino destinado a jovens e adultos. "Se as ações estão dando esse resultado, precisamos voltar para a realidade e começar a pensar o que pode ser feito ainda, como empreender novas metodologias e ter mais cuidado com os materiais didáticos, por exemplo".
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