O BEIJO GAY protagonizado por Marcela e Marina abriu o caminho para um debate |
Amanhã, em “Insensato coração”, vai ao ar a cena em que Eduardo (Rodrigo Andrade) finalmente se abre com a amiga Alice (Paloma Bernardi) sobre seu desejo por homens. Após namorar Paula (Tainá Müller), ele reconhece sua atração por pessoas do mesmo sexo. A confissão o deixa aberto a um envolvimento com o professor Hugo (Marcos Damigo). Mas, como adianta Ricardo Linhares, autor da trama com Gilberto Braga, esse primeiro momento não será muito fácil para o rapaz.
“A saída de Eduardo do armário será lenta, difícil, com questionamentos e medo de ser rejeitado pela mãe, Sueli (Louise Cardoso). Hugo, um pouco mais velho e mais bem-resolvido sexualmente, lhe dará todo apoio. Será por amor a ele que Eduardo tomará coragem para se assumir”, explica Linhares.
O ator Rodrigo Andrade revela que está feliz com os rumos de seu personagem. Ele, que perdeu um primo assassinado por ser homossexual, diz querer lutar contra a homofobia e o preconceito. “Não entendo o porquê disso. Nada muda se você é homossexual ou não. Quero homenagear meu primo e todas as famílias que já perderam pessoas por atos cruéis”.
A novela das 21h não é a única a abordar questões relativas à sexualidade. Em “Morde & assopra”, às 19h, André Gonçalves vive o divertido Áureo. Com roupas coloridas e jeito espalhafatoso, o personagem faz sucesso entre o público infantil. André diz que ainda não sabe se o envolvimento de Áureo com Josué (Joaquim Lopes) ficará só nas entrelinhas.
“Tentamos transformá-lo, acima de tudo, em uma figura humana. Áureo, embora sendo gay, dá conselhos de amigo homem e tem voz grossa. Por meio dele, a novela passa verdades de um jeito leve”, explica o ator, que, em “A próxima vítima” (1995), viveu Sandrinho, namorado de Jefferson (Lui Mendes). “Papéis deste tipo ajudam a levantar discussões na sociedade”, enfatiza.
É esse o objetivo de Tiago Santiago em “Amor e revolução”, do SBT. Após exibir um beijo entre Marcela (Luciana Vendramini) e Marina (Giselle Tigre), o autor prepara a cena de beijo entre Jeová (Lui Mendes) e Chico Duarte (Carlos Thiré), que vão ter um envolvimento mais para frente. “A homossexualidade é tão antiga quanto a humanidade. E, embora ainda exista moralismo, acho que a sociedade está preparada para ver, discutir e aceitar o que hoje temos mais liberdade para mostrar”, frisa Tiago, esperando polêmica com o carinho entre o casal de homens.
Para Carlos Thiré, a relação de Duarte e Jeová pode gerar uma repercussão maior. “Além de ser um casal homossexual, é um romance entre um branco e um negro, um artista com um policial. Personagens gays na TV levantam o debate e o debate leva ao questionamento, que contribui para a aceitação”.
A novela ainda mostra a situação de Fritz (Ernando Tiago) — um homossexual não assumido que tortura outros homossexuais — e do triângulo formado por Marta (Dani Moreno), que ama Bete (Natália Vidal), que ama Luiz (Elcio Monteze).
Natalia Castro
Agência O Globo
O ator Rodrigo Andrade revela que está feliz com os rumos de seu personagem. Ele, que perdeu um primo assassinado por ser homossexual, diz querer lutar contra a homofobia e o preconceito. “Não entendo o porquê disso. Nada muda se você é homossexual ou não. Quero homenagear meu primo e todas as famílias que já perderam pessoas por atos cruéis”.
A novela das 21h não é a única a abordar questões relativas à sexualidade. Em “Morde & assopra”, às 19h, André Gonçalves vive o divertido Áureo. Com roupas coloridas e jeito espalhafatoso, o personagem faz sucesso entre o público infantil. André diz que ainda não sabe se o envolvimento de Áureo com Josué (Joaquim Lopes) ficará só nas entrelinhas.
“Tentamos transformá-lo, acima de tudo, em uma figura humana. Áureo, embora sendo gay, dá conselhos de amigo homem e tem voz grossa. Por meio dele, a novela passa verdades de um jeito leve”, explica o ator, que, em “A próxima vítima” (1995), viveu Sandrinho, namorado de Jefferson (Lui Mendes). “Papéis deste tipo ajudam a levantar discussões na sociedade”, enfatiza.
É esse o objetivo de Tiago Santiago em “Amor e revolução”, do SBT. Após exibir um beijo entre Marcela (Luciana Vendramini) e Marina (Giselle Tigre), o autor prepara a cena de beijo entre Jeová (Lui Mendes) e Chico Duarte (Carlos Thiré), que vão ter um envolvimento mais para frente. “A homossexualidade é tão antiga quanto a humanidade. E, embora ainda exista moralismo, acho que a sociedade está preparada para ver, discutir e aceitar o que hoje temos mais liberdade para mostrar”, frisa Tiago, esperando polêmica com o carinho entre o casal de homens.
Para Carlos Thiré, a relação de Duarte e Jeová pode gerar uma repercussão maior. “Além de ser um casal homossexual, é um romance entre um branco e um negro, um artista com um policial. Personagens gays na TV levantam o debate e o debate leva ao questionamento, que contribui para a aceitação”.
A novela ainda mostra a situação de Fritz (Ernando Tiago) — um homossexual não assumido que tortura outros homossexuais — e do triângulo formado por Marta (Dani Moreno), que ama Bete (Natália Vidal), que ama Luiz (Elcio Monteze).
Natalia Castro
Agência O Globo
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