segunda-feira, 23 de maio de 2011

São Paulo vence desafio da garrafa entre capitais

Um vídeo que já foi visto 1,5 milhão de vezes mostra um rapaz deixando uma garrafa de plástico vazia no corredor de um shopping, bem ao lado da lixeira. É tudo de propósito. Tem câmera por tudo quanto é lado, para ver o que vai acontecer.
Um monte de gente passa e ignora a garrafa. E quando finalmente uma mulher se abaixa para pegar o lixo, uma multidão aplaude o gesto!
A superprodução foi feita por uma TV canadense só para testar a reação das pessoas. E o Fantástico resolveu trazer a ideia para o Brasil o desafio da garrafa.
Nossos produtores se infiltraram em shoppings de seis capitais brasileiras e deixaram garrafas no chão, bem perto de lixeiras.

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Nós repetimos o teste três vezes em cada shopping, tudo cronometrado, e tiramos uma média para descobrir em qual capital a garrafa ficou mais tempo no chão?.

Fortaleza, Ceará. O teste começa para valer, shopping bombando e a garrafa lá. Leva um chute. E o Gabriel, de 13 anos, coloca a garrafa no lixo, quase 17 minutos depois. “Eu vi a garrafa no chão e coloquei no lixo, que é o lugar certo dele”, conta o menino.

Depois, a garrafa é recolhida bem mais rápido, em pouco mais de três minutos. Quase não dá para ver. O terceiro teste é de paciência. Quando já fazia quase 30 minutos que a garrafa estava lá, uma mulher pega. “É questão de cultura. As pessoas não têm cultura de colocar o lixo no lugar certo”, afirma o gerente Antônio Peixoto.

Pelo nosso teste, em Fortaleza, o pessoal não se ligou muito no lixo. Em média, a garrafa ficou 16 minutos e 40 segundos no chão.

Curitiba, Paraná. Sobrou para as vendedoras. Duas vezes elas saíram das lojas e botaram a garrafa no devido lugar. No terceiro teste, duas mulheres ficam de frente para o lance, mas vão embora. A garrafa ficou para um flagrante curioso: uma criancinha se encanta pelo objeto verde no meio do corredor. Um menino se aproxima e também quer brincar. O que o pai pensa? “Eu imaginei que fosse daquela criança que estava brincando. Depois eu vi que os pais pegaram a criança, foram embora e a garrafa permaneceu no mesmo local. Eu logo retornei e joguei no lixo novamente”, disse.

E ainda ajeitou a lixeira, que capricho! Mateus só tem 1 aninho e tem um senhor exemplo a seguir. Em Curitiba, a garrafa ficou no chão, em média, por 3 minutos, 41 segundos.

Goiânia, Goiás. Uma mulher desvia, outra garotinha chuta e a garrafa fica lá por quase dez minutos, até alguém tomar uma atitude. Depois a coisa deslancha: uma jovem fica pertinho, mas não pega. Só que logo em seguida o rapaz acerta o lixo. “Qualquer lugar que eu passar que tiver lixo no chão eu vou pegar, voltar e vou colocar no lixo”, garante Edineusa.

Média de Goiânia: 3 minutos e 31 segundos para a garrafa ser recolhida.

Rio de Janeiro. Uma mulher desvia em cima do lance. Até que mais de cinco minutos depois alguém se incomoda com a garrafa jogada na praça de alimentação. “As outras pessoas vendo alguém tendo uma atitude correta vão fazer também. É só exemplo”, avisa Edson.

Será? Garrafa no chão: uma moça pula, um rapaz pula. E longe do lixo, a garrafa encontra uma salvadora: “Ele, como criança, chutou. Mas aí a gente, como mãe, tem que falar: ‘pegou o lixo, põe no lixo’”, destaca a mãe de Adriano, que pegou a garrafa.
Rio de janeiro, graças a rapidez do pequeno Adriano, em boa colocação: garrafa no lixo, em média, em 2 minutos e 12 segundos.

Salvador, Bahia. Uma jovem joga o papel no lixo, mas deixou a garrafa para o senhor que veio logo em seguida. Depois, uma senhora dá uma paradinha no sorvete para fazer o bem comum: “Eu joguei porque eu senti que alguém poderia passar ali, pisar e tomar uma queda”, diz a aposentada.

Pulinhos, um esbarrão, outro pulo e uma bicuda. E um rapaz resolve tudo.

Salvador, na média, garrafa no lixo em 1 minuto e 15 segundos.

São Paulo, shopping bombando. Uma desviada básica e garrafa na lixeira. Uma dupla desvia em cima da hora, mas o rapaz que veio logo atrás deu o exemplo. E ele estava no celular!

Atenção para o homem mais ligeiro do país: garrafa no chão é garrafa no lixo! Em dez segundos! “Qualquer gesto pequeno que a gente fizer pode mudar muita coisa”, afirma Crilson.

Em média, os paulistanos demoraram 41 segundos para pegar a garrafa. A capital mais rápida, entre as testadas pelo Fantástico. 

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