sábado, 28 de maio de 2011

Fortaleza registra dois óbitos


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A participação da sociedade tem sido decisiva para a redução
 do número de casos de pessoas acometidas por dengue.
Mesmo com a desaceleração, o Ceará continua em alerta
FOTO: RODRIGO CARVALHO

Dois novos óbitos por Dengue Com Complicação (DCC), pertencentes a Capital, foram confirmados ontem, pelo boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde (Sesa), com isso sobe para 43 o número de vítimas fatais em todo o Ceará. Se comparada com epidemias anteriores, esta é a segunda com maior quantidade de mortes, fica atrás apenas de 2008, quando foram vitimadas 44 pessoas.Esse número pode ainda superar a última epidemia, pois a Sesa aguarda a confirmação ou não, de 15 óbitos suspeitos de dengue, que foram para verificação no Laboratório Evandro Chagas, no Pará, responsável pelos exames das regiões Norte e Nordeste. Estes casos pertencem aos meses de março e abril, com três e 12 óbitos a serem confirmados, respectivamente, pelo laboratório do Pará. Já em relação ao total de casos confirmados esta semana, houve uma variação de 14% em relação ao último dia 20, quando o número de pessoas com a doença correspondia a 20.357, já agora esse número está em 23.231 mil. A quantidade de cidadãos atingidos pela dengue tem diminuído. Isso porque, se compararmos o total de confirmações do último dia 13 com o dia 20, houve uma variação de 19,28%. O decréscimo tem sido observado desde o mês de abril. O coordenador de Promoção e Proteção a Saúde do Estado, Manoel Fonseca, disse que a perda de força vinha sendo observada pelas baixas notificações de casos e a redução das transferências do interior para Capital, pela Central de Regulação. Ontem, a Sesa confirmou oficialmente a desaceleração, e em nota avisou que a epidemia está controlada, porém o Estado ainda está em alerta. Como havia sido divulgado com exclusividade pelo Diário do Nordeste, em matéria no último dia 20. Segundo o órgão, os municípios considerados epidêmicos apresentam, no momento, tendência decrescente de casos. E o diagrama de controle, que expressa o valor médio e o valor mínimo de incidência esperada para o período, aponta que o pico da epidemia ocorreu mesmo no mês de março, e teve queda progressiva no mês de abril, persistindo em maio. A nota da Secretaria aponta que os óbitos ocorridos até o momento, foram ocasionados pelo aumento proporcional significativo dos casos graves, influenciado pelo retorno do Denv-1, a circulação simultânea de outros três sorotipos virais, população sensibilizada por infecções anteriores e pela hiperendemicidade (epidemias sucessivas e dispersão do vírus em quase todos os municípios).
As ações de controle continuam e uma nova ferramenta deve chegar para as ações contra a dengue: o MosquiTrap - armadilha para capturar as fêmeas do Aedes aegypti.

Fique por dentro Casos em 2011
Foram notificados 61.830 casos suspeitos de dengue em 184 municípios do Ceará, distribuídos em 21 Coordenadorias Regionais de Saúde (Credes). Destes, 23.231 casos foram confirmados em 162 municípios e 16.717 casos descartados. Observa-se, neste ano, que a incidência se encontra acima de 200 casos por 100 mil habitantes, na faixa etária até 59 anos. Já a faixa etária de 20 a 29 anos são 256,3 casos por 100 mil habitantes, sendo a de maior expressividade. Tal fato está relacionado à dinâmica de circulação do DENV-1 no nosso Estado, que neste ano se encontra com percentual de isolamento de 97,4%.

THAYS LAVORREPÓRTER

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