sábado, 23 de abril de 2011

Nova classe média do Brasil prefere PT a PSDB

Nova classe média, também conhecida como classe C, se transformou em objeto de disputa para petistas e tucanos (DÁRIO GABRIEL, EM 06/12/2009)
Nova classe média, também conhecida como classe C, se transformou em objeto de disputa para petistas e tucanos (DÁRIO GABRIEL, EM 06/12/2009)
 

Na acirrada disputa pelos votos da chamada nova classe média - mais novo tema de debate das rodas de conversa política – o PT saiu na frente do PSDB. Segundo dados da última pesquisa Datafolha, publicadas na edição de ontem do jornal Folha de S. Paulo, os eleitores desse segmento social são os que mais afirmam preferir o PT dentre todos os partidos que formam o espectro político brasileiro. A sigla é citada como a mais admirada por 32% dos entrevistados com renda de três a cinco salários mínimos (entre R$ 1.636 e R$ 2.725).
O PSDB, por sua vez, tem o melhor desempenho entre os brasileiros mais ricos, com renda familiar acima de dez salários. Essa nova classe média virou sonho de consumo das duas legendas arquirrivais, que se revezam no poder desde 1995.
Nas últimas semanas, os ex-presidentes Lula Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) a descreveram como o principal alvo a ser perseguido por seus partidos. O cacique tucano chegou a defender, em artigo, que seu partido deveria trocar o chamado “povão” por essa nova classe média. Isso porque o PT já teria cooptado, através de programas sociais, “as massas carentes”.
Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, o resultado reflete a “gratidão” de brasileiros recém-saídos da pobreza, que ascenderam socialmente nos anos Lula.
“São eleitores que acabaram de ganhar acesso aos bens de consumo e creditam sua ascensão social nos últimos anos a Lula e ao PT.”
Os petistas alcançam seu segundo melhor resultado (29%) entre os eleitores com renda familiar de cinco a dez salários (R$ 2.726 a R$ 5.450).
Na fatia mais pobre, com orçamento até dois salários (R$ 1.090), a sigla tem 23%. Esta é a faixa mais alheia ao jogo partidário: 58% não têm uma legenda favorita.O menor índice do PT é justamente entre os mais ricos, com rendimento acima de dez salários (R$ 5.450).
Nesta faixa, que compõe as chamadas classes A e B, o partido é citado como o mais admirado por apenas 16%. Isso inclui a elite econômica e a classe média tradicional.O PSDB alcança seu melhor índice (10%) entre os eleitores da classe B, com renda entre dez e vinte salários (R$ 5.451 a R$ 10.900).O pior resultado dos tucanos aparece entre os mais pobres. O partido é citado como o favorito por apenas 4% dos brasileiros das classes D e E. Na classe C, as citações oscilam entre 6% e 8%, conforme a faixa salarial.

E agora

ENTENDA A NOTÍCIA

No debate da reforma política, o PT defende a adoção da lista fechada, em que o eleitor só pode votar na sigla em eleições parlamentares. Nas condições atuais, em que o PT aparece à frente das outras siglas em todas as faixas de renda (26% de preferência), isso daria mais vagas a petistas.

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