segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dirigente é expulso após ato pró-Marina

No último dia 16, Paulo Sombra (e) ajudou a comandar o evento que contou com a participação da ex-senadora Marina Silva.Ela quer mudanças no PV nacional, hoje comandado por José Luiz Penna (JORGE ALVES, ESPECIAL PARA O POVO)
No último dia 16, Paulo Sombra (e) ajudou a comandar o evento que contou com a participação da ex-senadora Marina Silva.Ela quer mudanças no PV nacional, hoje comandado por José Luiz Penna (JORGE ALVES, ESPECIAL PARA O POVO)
 
Pedro Alves
pedroalves@opovo.com.br

O clima dentro do Partido Verde (PV) no Ceará esquentou de vez com a exclusão de um integrante da direção do partido. Paulo Sombra, um dos que lideram no Ceará o movimento Transição Democrática – encabeçado nacionalmente pela ex-senadora Marina Silva (PV) – foi excluído das executivas estadual e municipal do PV.
Por um lado, o gesto é visto como retaliação ao fato de Sombra aderir ao movimento que luta pela democracia interna no partido. Mas para Marcelo Silva (PV), que é presidente do PV no Ceará há 12 anos, não houve retaliação alguma.
Sombra diz que a exclusão de seu nome dos quadros de direção no PV ocorreu no último dia 18, uma segunda-feira. No sábado anterior, dia 16, Marina Silva esteve em Fortaleza para participar de seminário sobre a democratização interna do PV, tendo apoio do vereador Eron Moreira (PV) e de Paulo Eduardo, o Polô (PV), que disputou uma vaga no Senado nas últimas eleições, além do próprio Paulo Sombra, um dos organizadores do seminário.
Essa corrente do partido está insatisfeita com a atual dinâmica partidária. “É um democracia forjada, em que a sua opinião só tem valor se for de acordo com a opinião de quem está no poder”, reclama Sombra, que se sente retaliado e aponta que sua exclusão só confirma a falta de democracia no funcionamento interno do PV. “Foi um gesto autoritário, eu não fui sequer avisado, não houve consulta à executiva nacional nem à estadual”.
Necessária readequação
Do outro lado do PV, Marcelo Silva diz que a readequação dos quadros das executivas do partido foi necessária em função da nova configuração que o PV passou a ter depois das últimas disputas eleitorais. “Surgiram novas lideranças, pessoas que se destacaram nas eleições, não era justo deixar como estava”. No total, foram três nomes excluídos da executiva estadual, segundo o presidente do PV. 
No caso de Sombra, Silva descarta que não tenha consultado os dirigentes e argumenta que ouviu todos os 21 membros da executiva estadual do PV sobre a possibilidade de retirar Sombra dos quadros de direção. Destes, segundo ele, 17 teriam sido favoráveis à mudança. Só que, para isso, Silva não fez reunião de partido, com data, local e hora marcados. “Hoje em dia a gente consulta os dirigentes por telefone ou mesmo por email”, justificou. Para provar que não se trata de retaliação, Silva lembrou que Pólô também é adepto do Movimento Transição Democrática e foi mantido na executiva.

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