(Divulgação) |
O lançamento de uma nova biografia sobre Mahatma Gandhi acusada de caracterizar o pai da independência da Índia como um bissexual racista causou consternação em seu país e um estado indiano decidiu nesta quarta-feira, 30, proibir sua venda.
Narendra Modi, chefe do governo do estado de Gujarat (oeste), onde Gandhi nasceu em 1869, ordenou a proibição do livro de Joseph Lelyveld "Grande alma: Mahatma Gandhi e sua luta com a Índia".
"A representação de Mahatma Gandhi feita por Joseph Lelyveld merece desprezo", considerou Narendra Modi em seu blog. "Ela não deveria ser tolerada sob pretexto algum. O governo de Gujarat já decidiu proibir totalmente o livro", acrescentou.
Esta nova biografia foi publicada terça-feira nos Estados Unidos, mas ela não foi divulgada na Índia.
A imprensa indiana protestou na terça-feira contra o livro depois que o jornal britânico Daily Mail considerou, com base na obra, que "Gandhi deixou sua esposa para viver com um amante". O Daily Telegraph indicou também que, segundo o livro, Gandhi "tinha posições racistas em relação aos negros sul-africanos".
O autor, ex-chefe de redação do New York Times, denunciou a interpretação feita por esses jornais que, segundo ele, deformaram as ideias de seu livro e, principalmente, sua análise sobre as relações entre Gandhi e um arquiteto judeu alemão, Hermann Kallenbach.
"Não considero Gandhi racista ou bissexual. A palavra 'bissexual' não aparece em parte alguma do livro", reagiu em um comunicado.
Segundo a crítica feita pelo Wall Street Journal, o livro descreve Gandhi, considerado o grande defensor da não-violência, como "um doente sexual, um incompetente em política e um maníaco fanático".
Gandhi viveu em Johannesburgo com Kallenbach, amante do fisiculturismo, durante cerca de dois anos antes de deixar a África do Sul para retornar à Índia em 1914.
No ano passado, uma obra sobre Gandhi intitulada "Gandhi: ambição nua", escrita por um historiador britânico, apresentou aspectos inéditos da vida privada deste ícone indiano, revelando que seu famoso voto de abstinência não o havia impedido de dormir com mulheres nuas, nem de ter experiências sexuais excêntricas.
"A representação de Mahatma Gandhi feita por Joseph Lelyveld merece desprezo", considerou Narendra Modi em seu blog. "Ela não deveria ser tolerada sob pretexto algum. O governo de Gujarat já decidiu proibir totalmente o livro", acrescentou.
Esta nova biografia foi publicada terça-feira nos Estados Unidos, mas ela não foi divulgada na Índia.
A imprensa indiana protestou na terça-feira contra o livro depois que o jornal britânico Daily Mail considerou, com base na obra, que "Gandhi deixou sua esposa para viver com um amante". O Daily Telegraph indicou também que, segundo o livro, Gandhi "tinha posições racistas em relação aos negros sul-africanos".
O autor, ex-chefe de redação do New York Times, denunciou a interpretação feita por esses jornais que, segundo ele, deformaram as ideias de seu livro e, principalmente, sua análise sobre as relações entre Gandhi e um arquiteto judeu alemão, Hermann Kallenbach.
"Não considero Gandhi racista ou bissexual. A palavra 'bissexual' não aparece em parte alguma do livro", reagiu em um comunicado.
Segundo a crítica feita pelo Wall Street Journal, o livro descreve Gandhi, considerado o grande defensor da não-violência, como "um doente sexual, um incompetente em política e um maníaco fanático".
Gandhi viveu em Johannesburgo com Kallenbach, amante do fisiculturismo, durante cerca de dois anos antes de deixar a África do Sul para retornar à Índia em 1914.
No ano passado, uma obra sobre Gandhi intitulada "Gandhi: ambição nua", escrita por um historiador britânico, apresentou aspectos inéditos da vida privada deste ícone indiano, revelando que seu famoso voto de abstinência não o havia impedido de dormir com mulheres nuas, nem de ter experiências sexuais excêntricas.
AFP
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