Markinhos Moura na época do sucesso popular da composição "Meu mel" |
Depois de 12 discos, para não contar as coletâneas, o cearense Marcus Antônio Sampaio Moura, nome de batismo de Markinhos Moura, lança seu novo CD intitulado "Mulheres e Canções". É o primeiro desde o álbum ao vivo "Auto-Retrato" (2004). Dono de sucessos populares, como "Meu Mel", "Anjo Azul" e "Estrela do céu", o intérprete alencarino aposta desta vez em composições mais bem trabalhadas .
No novo disco, Markinhos Moura divide os vocais com uma seleção de cantoras. Canta, ao lado da conterrânea Amelinha, "Coito das araras", de Cátia de França; "Meias partes", da dupla Irinéia Maria e Sueli Corrêa, em dueto com a paraense Jane Duboc; "Nasci pra sonhar e cantar", de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, somando o vocal com Verônica Ferriani; "Me acalmo danando", com a participação de Cida Moreira; e "Vida de artista", de Sueli Costa e Abel Silva, é interpretada pelo cantor em duo com a paulista Vânia Bastos.
Além delas, "Rotina", de Vanusa e Mário Campanha, conta com a participação da experiente Claudya; "Grand´ Hotel", do Kid Abelha, em sintonia com Márcia Castro, "Minha Nossa Senhora", da autoria de Fátima Guedes, na frequência vocal da novata Tetê Cavalckanti; e "Mulher eu sei", do paraibano Chico César, dividida com a paulista Fabiana Cozza.
Além delas, "Rotina", de Vanusa e Mário Campanha, conta com a participação da experiente Claudya; "Grand´ Hotel", do Kid Abelha, em sintonia com Márcia Castro, "Minha Nossa Senhora", da autoria de Fátima Guedes, na frequência vocal da novata Tetê Cavalckanti; e "Mulher eu sei", do paraibano Chico César, dividida com a paulista Fabiana Cozza.
Sozinho, o intérprete cearense canta a pouco conhecida "A feminina voz do cantor", do repertório de Milton Nascimento e Fernando Brant, música que define o álbum e sua proposta estética. "Bonita", de Tom Jobim, em versão anglófona feita por Ray Gilbert, também traz Markinhos em momento solo.
No estúdio
O grande destaque do CD "Mulheres e canções" é a regravação de "Doce de pimenta", de Rita Lee e Roberto de Carvalho, em que o próprio Markinhos Moura, fala do clima no estúdio: "As gravações foram tranquilas e divertidas. A gravação mais engraçada foi com a Maria Alcina, porque gravamos um de frente pra o outro e eu ficava dançando igual aquele balé do Fantástico e ela morria de rir. Foi pura alegria e era pra descontrair mesmo. A música pedia isso".
Marquinhos Moura fala como surgiu o convite de Thiago Marques Luiz para a gravação de "Mulheres e Canções". "A proposta surgiu de um show que eu faço há anos, e do Thiago achar que já estava na hora de eu ter um CD novo. Ele gostou da ideia que apresentei e começamos a desenvolver o repertório.
Minha ligação com o Thiago é, acima de tudo, de amizade e admiração e respeito mútua. O CD demorou um pouco para sair, por que não tínhamos muitos recursos e fomos fazendo na medida do possível, com a ajuda dos músicos. Foi um trabalho comunitário. Sem a ajuda do Thiago, dos músicos e das cantoras, eu jamais poderia tê-lo gravado. Foi um parto difícil, mas o filho nasceu".
"Eu já conhecia os músicos com quem gravei neste CD de outros trabalhos realizados com o Thiago Marques Luiz, dos quais participei. Sempre fui fã deles. Daí, veio o desejo de fazer algo junto. A participação dos grupos Futricando e o Al Gi foi sugestão do produtor, que aceitei na hora. Queria trabalhar com músicos com quem nunca ouvesse tocado, para ter uma sonoridade diferente dos outros trabalhos", detalha.
Quanto aos critérios de escolhas das cantoras que estão dividindo os vocais no CD, Markinhos Moura lembra delas na sua trajetória artística: "Todas são importantes porque tiveram sua cota de inspiração e influência no meu cantar. Além disso, sou fã de todas elas. Quanto ao envolvimento afetivo, é simplesmente porque algumas são minhas amigas. Somos fãs, uns dos outros. O critério, na verdade, foi o talento, e depois, se haveria alguma integração dos timbres, se combinariam, além das agendas, é claro".
No encarte de "Mulheres e canções" Markinhos Moura diz que quer, "mostrar um outro lado da minha personalidade musical". Sobre essa sua nova investida de tentar se afastar do rótulo do "cantor de ´Meu mel´", uma música hoje considerada "brega", para divulgar um trabalho sofisticado de arranjos e repertório, ele afirma: "Quero dizer que não sou apenas o cantor que se tornou popular com uma música simples. Nesses anos todos, mudei. O que acontece é que que pouca gente conhece essa evolução. Geralmente, a crítica rotula muito o artista, e isso acaba nos prejudicando principalmente se o crítico não vai com a sua cara"
Ainda sobre o assunto, ele diz que, "na verdade, sempre cantei o tipo de música que esta no CD. Quero que novas pessoas conheçam meus outros lados musicais. Acima de tudo, sou um intérprete, que canta o que sente, e isso pode ser um Tom Jobim, um Milton Nascimento, um Odair José ou um Amado Batista. Basta a música me emocionar e combinar com minha voz. Tenho muita honra de ter gravado ´Meu mel´, que aliás, tenho de cantar sempre em meus shows".
Voltando no tempo e recordando da infância e adolescência, suas lembranças, ainda em Fortaleza ainda estão vivas hoje, "Quando passei de calouro a cantor fixo, na TV, foi um sonho pra mim. Às vezes, no programa do Irapuan Lima, o cachê era um galeto do patrocinador. Nessa época, eu cantava sucessos de Fafá de Belém, Milton Nascimento, Clara Nunes, Elis Regina e Ney Matogrosso"."Lembro que fui ´censurado´ porque cantei ´Coubanakan´, um sucesso do Ney na época. Tentei rebolar como ele e acharam inadequado, um escândalo. Fui suspenso por vários programas seguidos. Imagine então as coisas com as quais as pessoas me chamavam. Mas valeu a pena e eu faria tudo de novo".
Quando fala de suas conquistas ele não se fez de rogado. "Sair do Ceará e, sem a pretensão de nada, ser lançado no Fantástico, da Rede Globo, o programa de maior audiência da época e ser comparado a Elis, foi uma conquista. Fazer sucesso com uma música que trinta anos depois ainda esta no inconsciente popular, conhecer o Brasil, e as pessoas durante todo esse tempo é motivo de orgulho para mim", relembra.
Sobre seu novo disco, ele tem como objetivo a popularização das canções. "Acredito que exista um público ávido por boa música. Pretendo voltar ao teatro e a outras formas de expressão artísticas. Estou aberto a propostas. Adoraria levar esse show ao Ceará", revela.
MPB
Mulheres e canções Markinhos Moura
Lua Music
2010
13 faixas
R$ 22,40
NELSON AUGUSTOREPÓRTER
No estúdio
O grande destaque do CD "Mulheres e canções" é a regravação de "Doce de pimenta", de Rita Lee e Roberto de Carvalho, em que o próprio Markinhos Moura, fala do clima no estúdio: "As gravações foram tranquilas e divertidas. A gravação mais engraçada foi com a Maria Alcina, porque gravamos um de frente pra o outro e eu ficava dançando igual aquele balé do Fantástico e ela morria de rir. Foi pura alegria e era pra descontrair mesmo. A música pedia isso".
Marquinhos Moura fala como surgiu o convite de Thiago Marques Luiz para a gravação de "Mulheres e Canções". "A proposta surgiu de um show que eu faço há anos, e do Thiago achar que já estava na hora de eu ter um CD novo. Ele gostou da ideia que apresentei e começamos a desenvolver o repertório.
Minha ligação com o Thiago é, acima de tudo, de amizade e admiração e respeito mútua. O CD demorou um pouco para sair, por que não tínhamos muitos recursos e fomos fazendo na medida do possível, com a ajuda dos músicos. Foi um trabalho comunitário. Sem a ajuda do Thiago, dos músicos e das cantoras, eu jamais poderia tê-lo gravado. Foi um parto difícil, mas o filho nasceu".
"Eu já conhecia os músicos com quem gravei neste CD de outros trabalhos realizados com o Thiago Marques Luiz, dos quais participei. Sempre fui fã deles. Daí, veio o desejo de fazer algo junto. A participação dos grupos Futricando e o Al Gi foi sugestão do produtor, que aceitei na hora. Queria trabalhar com músicos com quem nunca ouvesse tocado, para ter uma sonoridade diferente dos outros trabalhos", detalha.
Quanto aos critérios de escolhas das cantoras que estão dividindo os vocais no CD, Markinhos Moura lembra delas na sua trajetória artística: "Todas são importantes porque tiveram sua cota de inspiração e influência no meu cantar. Além disso, sou fã de todas elas. Quanto ao envolvimento afetivo, é simplesmente porque algumas são minhas amigas. Somos fãs, uns dos outros. O critério, na verdade, foi o talento, e depois, se haveria alguma integração dos timbres, se combinariam, além das agendas, é claro".
No encarte de "Mulheres e canções" Markinhos Moura diz que quer, "mostrar um outro lado da minha personalidade musical". Sobre essa sua nova investida de tentar se afastar do rótulo do "cantor de ´Meu mel´", uma música hoje considerada "brega", para divulgar um trabalho sofisticado de arranjos e repertório, ele afirma: "Quero dizer que não sou apenas o cantor que se tornou popular com uma música simples. Nesses anos todos, mudei. O que acontece é que que pouca gente conhece essa evolução. Geralmente, a crítica rotula muito o artista, e isso acaba nos prejudicando principalmente se o crítico não vai com a sua cara"
Ainda sobre o assunto, ele diz que, "na verdade, sempre cantei o tipo de música que esta no CD. Quero que novas pessoas conheçam meus outros lados musicais. Acima de tudo, sou um intérprete, que canta o que sente, e isso pode ser um Tom Jobim, um Milton Nascimento, um Odair José ou um Amado Batista. Basta a música me emocionar e combinar com minha voz. Tenho muita honra de ter gravado ´Meu mel´, que aliás, tenho de cantar sempre em meus shows".
Voltando no tempo e recordando da infância e adolescência, suas lembranças, ainda em Fortaleza ainda estão vivas hoje, "Quando passei de calouro a cantor fixo, na TV, foi um sonho pra mim. Às vezes, no programa do Irapuan Lima, o cachê era um galeto do patrocinador. Nessa época, eu cantava sucessos de Fafá de Belém, Milton Nascimento, Clara Nunes, Elis Regina e Ney Matogrosso"."Lembro que fui ´censurado´ porque cantei ´Coubanakan´, um sucesso do Ney na época. Tentei rebolar como ele e acharam inadequado, um escândalo. Fui suspenso por vários programas seguidos. Imagine então as coisas com as quais as pessoas me chamavam. Mas valeu a pena e eu faria tudo de novo".
Quando fala de suas conquistas ele não se fez de rogado. "Sair do Ceará e, sem a pretensão de nada, ser lançado no Fantástico, da Rede Globo, o programa de maior audiência da época e ser comparado a Elis, foi uma conquista. Fazer sucesso com uma música que trinta anos depois ainda esta no inconsciente popular, conhecer o Brasil, e as pessoas durante todo esse tempo é motivo de orgulho para mim", relembra.
Sobre seu novo disco, ele tem como objetivo a popularização das canções. "Acredito que exista um público ávido por boa música. Pretendo voltar ao teatro e a outras formas de expressão artísticas. Estou aberto a propostas. Adoraria levar esse show ao Ceará", revela.
MPB
Mulheres e canções Markinhos Moura
Lua Music
2010
13 faixas
R$ 22,40
NELSON AUGUSTOREPÓRTER
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