Esperança de vida: as gêmeas Maria Clara e Maria Clarice nasceram em 3 de fevereiro de 2010 e desde então, os pais aguardam a decisão médica para a realização da cirurgia FOTO: MIGUEL PORTELA |
Diferente de alguns meses atrás, quando a dona-de-casa, Regina Fernandes, 40 anos, mãe das siamesas Clara e Clarice, nascidas há 11 meses, em Santa Quitéria, encontrava-se desacreditada do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), para o tratamento das filhas, hoje a situação parece ser outra. Pelo menos é o que declara Regina, "Fomos recebidos pelo diretor do hospital, que nos passou tranquilidade e firmeza, diferente de antes, quando cada um falava uma coisa".
Pelo que parece a reunião realizada ontem, entre a família e o diretor do HIAS, Walter Frota, foi bem positiva. Segundo o coordenador geral do Instituto Vida, João Mota, a confiança foi resgata. "Com isso, temos o início do cumprimento da decisão judicial, com garantias a família, mas somente depois da avaliação médica de hoje, é que a mãe decidirá pela cirurgia ser feita ou não aqui", informou.
A assessoria de imprensa do HIAS informou que somente a partir dessa avaliação é que poderão ser dadas as coordenadas no que ser refere ao tratamento. A equipe médica também será definida a partir daí. A assessoria acrescentou que no caso da operação, são necessárias duas equipes, uma para cada criança. No total foram efetuadas dois procedimento desse tipo no hospital, ambos com sucesso.
Segundo a família das gêmeas, a decisão de procurar a Justiça para a rápida resolução do caso foi devido a atitude de alguns profissionais durante o tempo de tratamento das crianças no HIAS. Eles não teriam passado certeza para família sobre o correto procedimento a ser feito nas crianças.
"Exames eram marcados e algumas vezes não chegavam ser realizados, e com isso os dias passavam, e ninguém dava um diagnóstico. Uns falavam da cirurgia, outros me desenganavam, entre outras situações. Então resolvi procurar ajuda", reclamou Regina.
Até que, no último dia 17, o juiz Francisco Eduardo Torquato Scorsafava, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Fortaleza, determinou que o Estado custeasse todas as despesas referentes ao procedimento médico necessário para a separação dos corpos das duas.
Na decisão, o juiz ressaltou o princípio constitucional da "dignidade da pessoa humana" como um dos motivos para que o Estado do Ceará assuma as referidas despesas". O magistrado determinou também, que o Governo do Ceará providenciasse imediatamente o atendimento adequado, com equipe médica especializada, e a realização da cirurgia, se for mesmo o mais indicado, em qualquer hospital da rede pública ou privada, no Brasil ou em outro País.
O Estado, de acordo com a decisão, deverá ainda arcar com despesas médicas relativas à fisioterapia e à aplicação de próteses ou meio auxiliar de locomoção, além de gastos com transporte, hospedagem e alimentação das autoras e de seus representantes legais. A multa diária para caso de descumprimento da sentença é de R$ 1.500,00.
Os pais das gêmeas sobrevivem da agricultura e de doações, e sempre afirmaram que a preocupação é com a cirurgia que poderá garantir a sobrevivência das crianças. Os exames realizados mostravam que as meninas possuem órgãos independentes, sendo ligadas apenas pelo abdômen.
Fique por dentro
Esperança
As duas crianças, gêmeas siamesas, de Santa Quitéria, nasceram no dia 3 de fevereiro do ano passado, no Hospital Municipal da cidade, pesando, as duas, pouco mais de 6 kg. O parto foi complicado, segundo médicos. No mesmo dia, foram transferidas para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral e, em seguida, para o Hospital Albert Sabin, em Fortaleza, referência no Nordeste. Batizadas com os nomes de Maria Clara e Maria Clarice, impressionaram os médicos, já que o caso raro na Medicina não foi diagnosticado durante o pré-natal. Hoje, a família decidirá se fará a cirurgia em Fortaleza ou em outro estado.
THAYS LAVOR
REPÓRTER-DN
A assessoria de imprensa do HIAS informou que somente a partir dessa avaliação é que poderão ser dadas as coordenadas no que ser refere ao tratamento. A equipe médica também será definida a partir daí. A assessoria acrescentou que no caso da operação, são necessárias duas equipes, uma para cada criança. No total foram efetuadas dois procedimento desse tipo no hospital, ambos com sucesso.
Segundo a família das gêmeas, a decisão de procurar a Justiça para a rápida resolução do caso foi devido a atitude de alguns profissionais durante o tempo de tratamento das crianças no HIAS. Eles não teriam passado certeza para família sobre o correto procedimento a ser feito nas crianças.
"Exames eram marcados e algumas vezes não chegavam ser realizados, e com isso os dias passavam, e ninguém dava um diagnóstico. Uns falavam da cirurgia, outros me desenganavam, entre outras situações. Então resolvi procurar ajuda", reclamou Regina.
Até que, no último dia 17, o juiz Francisco Eduardo Torquato Scorsafava, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Fortaleza, determinou que o Estado custeasse todas as despesas referentes ao procedimento médico necessário para a separação dos corpos das duas.
Na decisão, o juiz ressaltou o princípio constitucional da "dignidade da pessoa humana" como um dos motivos para que o Estado do Ceará assuma as referidas despesas". O magistrado determinou também, que o Governo do Ceará providenciasse imediatamente o atendimento adequado, com equipe médica especializada, e a realização da cirurgia, se for mesmo o mais indicado, em qualquer hospital da rede pública ou privada, no Brasil ou em outro País.
O Estado, de acordo com a decisão, deverá ainda arcar com despesas médicas relativas à fisioterapia e à aplicação de próteses ou meio auxiliar de locomoção, além de gastos com transporte, hospedagem e alimentação das autoras e de seus representantes legais. A multa diária para caso de descumprimento da sentença é de R$ 1.500,00.
Os pais das gêmeas sobrevivem da agricultura e de doações, e sempre afirmaram que a preocupação é com a cirurgia que poderá garantir a sobrevivência das crianças. Os exames realizados mostravam que as meninas possuem órgãos independentes, sendo ligadas apenas pelo abdômen.
Fique por dentro
Esperança
As duas crianças, gêmeas siamesas, de Santa Quitéria, nasceram no dia 3 de fevereiro do ano passado, no Hospital Municipal da cidade, pesando, as duas, pouco mais de 6 kg. O parto foi complicado, segundo médicos. No mesmo dia, foram transferidas para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral e, em seguida, para o Hospital Albert Sabin, em Fortaleza, referência no Nordeste. Batizadas com os nomes de Maria Clara e Maria Clarice, impressionaram os médicos, já que o caso raro na Medicina não foi diagnosticado durante o pré-natal. Hoje, a família decidirá se fará a cirurgia em Fortaleza ou em outro estado.
THAYS LAVOR
REPÓRTER-DN
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