Cid Gomes vai deixar vaga de senador para seu irmão Ciro Gomes |
O governador Cid Gomes abriu o jogo em reunião com a cúpula nacional do PSB. Declarou que seu principal projeto político para futuro é eleger o irmão, Ciro Gomes, para o Senado Federal. Para concretizar esse sonho, Cid renunciaria ao Governo do Ceará em abril de 2014, permitindo assim a candidatura de Ciro a senador.
A desincompatibilização de Cid Gomes do Governo do Ceará tornaria Ciro elegível para concorrer ao Senado. Todos os políticos cearenses acreditavam que esse lugar de senador estivesse reservado para o próprio Cid quando concluisse seu segundo mandato, mas o compromisso do atual governador do Ceará é com o projeto do seu mentor, o irmão Ciro Gomes. A Ciro estaria reservada a vaga de senador.
Hoje, o objetivo de Cid Gomes seria disputar uma vaga na Câmara Federal. Mas, não se pode descartar uma outra opção: Cid pode levar a vaga de vice-presidente na chapa à reeleição da presidente Dilma. Outra alternativa é dependendo do sucesso de Dilma no Planalto, o PSB ter candidatura própria em 2014.
É essa a razão da briga entre os governadores Cid Gomes e Eduardo Campos. O PSB é controlado por Campos que almeja ser vice de Dilma ou ele próprio disputar à presidência da República. Só que Eduardo Campos quer atropelar Cid, e já percebeu que o jogo é mais duro do que ele imaginava.
Surpreendendo a todos do PSB, o governador Cid Gomes criou enormes dificuldades para a indicação da mãe de Eduardo Campos, a deputada federal Ana Arraes, para a liderança do PSB na Câmara. Cid preferia o paulista Gabriel Chalita. Depois de muitas negociações, Ana Arraes será ungida, mas isso só se deu por causa do aval de Cid. Eduardo Campos teve que ceder muito para não ser derrotado.
No PSB, a escolha de Ana Arraes ocorreu porque Eduardo Campos e Cid Gomes avalizaram. Esse novo cenário de divisão de poder dentro dos socialistas brasileiros mostra toda a capacidade política do governador cearense. Hoje, o PSB não é mais um domínio exclusivo de Eduardo Campos. Cid já tem seu quinhão.
Por: Donizete Arruda
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