terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PREVENÇÃO:CE é o 2º em projetos de combate ao crack




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No estado, dos 117 municípios pesquisados, 69 desenvolvem
alguma campanha de combate ao crack
FOTO: THIAGO GASPAR

 
O uso de crack é uma problemática que atinge tanto os municípios de grande porte quanto os menores, obrigando os gestores municipais, mesmo sem apoio das outras esferas de governo, a desenvolverem campanhas no intuito de minimizar o problema. Na última pesquisa feita pela Confederação Nacional do Municípios, o Ceará se destacou como o segundo estado a ter maior percentual de municípios que desenvolvem alguma campanha de combate ao crack.
No Estado, composto por 184 municípios, 117 responderam à pesquisa realizada pela CNM, o que representa 63,5% de participação.
Capacitação
A fim de amenizar essa situação, ela informou que em janeiro, a Prefeitura ministrará uma capacitação em massa na rede hospitalar municipal, no intuito de preparar para o atendimento. "Hoje estamos realizando a desintoxicação na Unidade de Desintoxicação do Hospital de Messejana, nos Frotinhas e Gonzaguinhas da Capital". O diretor do Hospital de Saúde Mental de Messejana, Marcelo Teófilo, apontou como solução para atender a demanda crescente, os hospitais clínicos fazerem esse tipo de atendimento.
Ele estima que, somente na emergência do Hospital, das cerca de 50 pessoas atendidas por dia, metade sejam dependentes de álcool e drogas.
"Para 2011 temos a proposta de ampliar o centro, e atender também a mulheres".

Destes, 24 (20,5%) possuem o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), com um total de 263 profissionais de saúde atuando, e 12 municípios têm programas de combate ao crack e outras drogas, dos quais sete já estão com este programa aprovado pelas respectivas câmaras de vereadores.
As principais ações desenvolvidas nas localidades são a prevenção ao uso e consumo de drogas, a mobilização e orientação a população e a realização de estudos e pesquisas.
Apenas duas cidades declararam que recebem apoio financeiro do Governo Federal e um de outras instituições. Os outros nove afirmaram que não recebem apoio nenhum.
Para a integrante da coordenação colegiada de saúde mental da Capital, Rani Félix, esse resultado é fruto de um trabalho feito desde 1993 com a reforma psiquiátrica. "Ao todo, o Estado possui 99 Caps, 17 deles são para o atendimentos dos dependentes de álcool e drogas". Ela explicou que, somente em Fortaleza, existem seis centros desse tipo. "Nossa luta é para o aumento no número de leitos de atendimento dessa população. Em janeiro teremos 12 na Santa Casa de Misericórdia".
Um dos problemas apresentados no atendimento dessa população nos hospitais clínicos, "é que muitos médicos não se sentem capacitados para lidar com esses pacientes".
THAYS LAVOR REPÓRTER- DN

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