sexta-feira, 2 de junho de 2017

CEARÁ 103 ANOS: Amor mais que centenário

A maior lembrança de Felício como torcedor do Ceará, segundo relato de seu filho Idalécio é um gol do atacante Gildo em 1971 contra o Fortaleza ( Foto: Divulgação )
por Vladimir Marques-Diário do Nordeste
O Ceará faz hoje 103 anos de existência e leva consigo uma massa de aproximadamente 2 milhões de torcedores, que a cada data de aniversário mostram-se ainda mais orgulhosos com a trajetória e conquistas do clube de coração. Certamente muitos torcedores gostariam de expressar seu amor e adoração pelo Alvinegro e o Diário do Nordeste escolheu um deles para representar a massa alvinegra.

E trata-se de um torcedor especial, que nutre um amor mais que centenário pelo clube: Raimundo Felício tem 105 anos (ou seja, ele já era nascido antes do Vovô ser fundado em 1914) e em grande parte de sua vida demonstrou sua torcida pelo Alvinegro de Porangabuçu.

Embora não possa mais acompanhar o clube alvinegro como em outros tempos pela idade que tem hoje, Felício recebeu a reportagem do Diário do Nordeste em sua casa para mostrar seu amor pelo Vovô.


Felício é um senhor simpático, gentil, de fala mansa e que surpreende pela lucidez. Ao lado de seu filho, Idalécio, que foi goleiro do Ceará e América/CE no fim da década de 70, ele mostra orgulho por torcer pelo clube e por seu filho ter vestido a camisa preta e branca.

"Eu gosto do Ceará desde criança. Nunca mudei, fui sempre Ceará. Acompanhei muito o clube e meu filho, jogou no Ceará", disse ele.

Segundo ele, a torcida pelo Ceará iniciou quando um tio Pedro Felício, já alvinegro, passou a cantar o hino do clube.

"Não tenho mais tantas lembranças de como iniciei a torcer Ceará, mas lembro de um tio, Pedro Felício, que também era Ceará e chegava em casa e cantava o hino. Eu passei a cantar também e torcer para o clube", recordou ele.

Após ter escolhido seu time para torcer, Raimundo Felício, frequentou estádios, como o PV, mas o meio em que mais acompanhava os jogos do Ceará era pelo rádio. Felício, embora não se recorde da última vez que foi ao estádio torcer pelo Vovô, afirma que tem saudade da época que acompanhava o clube.

"Eu tenho saudade. Já vivi muita coisa pelo Ceará, fui a alguns jogos, poucos, acompanhei mais de casa, ouvindo pelo rádio. Mas sempre amei o Ceará", recordou.

No decorrer da conversa, o filho Idalécio lembrou de momentos em que o pai 'defendia' o Ceará em discussões sobre futebol com os amigos.

"Comecei a torcer Ceará por influência dele. Ele tinha o emblema do Ceará no carro dele e a gente começava ali um vínculo de torcer. E na rua tinham sempre amigos, íamos para o estádio com bandeira, nos tempos áureos do PV, mas o papai era mais de radinho, de brincar com os amigos no clube dos advogados. Se falasse em Ceará ele se queimava, logo defendia que o Ceará era o melhor".

Gol marcante

Quanto a principal lembrança de Raimundo Felício como torcedor do Ceará, o filho Idalécio lembrou um gol histórico que ambos presenciaram no PV, que valeu o título cearense de 1971 contra o Fortaleza.

"Um gol histórico que com certeza o papai vai se lembrar, aquele gol de testa do Gildo, quando Cícero bateu o tiro de meta e Gildo cabeceou para o gol e o Ceará foi campeão. É uma memória que não sai da cabeça de nenhum torcedor alvinegro", descreveu Idalécio, e seu Felício, prontamente riu, aprovando a lembrança que os dois viveram.

Embora pouco acompanhe futebol hoje em dia, Felício se recordou da última vitória alvinegra, no último sábado contra o Náutico por 2 a 0, pela Série B e informou o resultado a um sobrinho. "Um sobrinho estava aqui perguntou se o Ceará tinha ganhou e eu disse que sim, 2 a 0 contra o Náutico", disse Felício, mostrando que a torcida pelo Alvinegro continua firme e forte, assim como ele.

Saiba mais

Programação de 103 anos do Ceará

6 horas:

Alvorada de fogos na Sede do Ceará ;

8 horas

Celebração da Missa no Ginásio do Ceará (com Padre Almir Magalhães) com Participação do Coral Alvinegro e Banda da Polícia Militar. Café da manhã com bolo temático em referência aos 103 anos do Ceará.

18 horas

Esquenta do Aniversário (Centro de Formação Olímpica - Av. Alberto Craveiro, SN. Castelão)

20h15

Rua de Fogo. Com uso de fogos e sinalizadores, a torcida recepcionará a chegada da delegação alvinegra à Arena Castelão, na parte externa

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