Delegado Levi deu entrevista à Imprensa logo após receber o alvará de soltura da Justiça e, ainda, um salvo-conduto FOTO: TUNO VIEIRA |
Um delegado da Polícia Civil, dois inspetores da instituição e, ainda, e um ex-PM foram presos, ontem, na cidade de Juazeiro do Norte, na Região do Cariri, sob a acusação de formarem uma quadrilha para extorquir dinheiro de donos de veículos irregulares.
Ao grupo também são atribuídos delitos graves como tortura, sequestro e peculato. Outro policial militar está sendo caçado naquele Município. A ação da PF, batizada de ´Operação Terremoto´, mobilizou cerca de 70 agentes federais, bem como, integrantes da Corregedoria Geral dos Órgãos da Segurança Pública (CGOSP).Clones
Há, pelo menos, três meses o caso estava sendo investigado, sob sigilo, pela Corregedoria Geral da SSPDS, com o apoio da PF. Segundo as autoridades, o esquema criminoso funcionava quando os acusados, utilizando informações privilegiadas através de cadastros da Polícia, identificavam as pessoas que haviam comprado carros ´clonados´, isto é, veículos roubados, mas que tinham sido ´esquentados´ pelos ladrões.
Os automóveis eram vendidos às vítimas com documentação e placas de outros carros semelhantes e legais. Ao descobrir a clonagem através dos programas SIP (Sistema de Informação Policial) e Infoseg (Informações de Segurança), os membros da quadrilha aproveitavam-se da situação para praticar as extorsões.
Quem estava de posse de automóveis clonados, conhecidos também como ´Pokemons´, passava a ser pressionado com ameaça de prisão e acabava rendendo-se à chantagem dos policiais, entregando o dinheiro exigido. "Mas houve casos mais graves ainda, com tortura e até sequestro", afirmou o secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Roberto Monteiro, em entrevista coletiva à Imprensa sobre o assunto, ontem à tarde, ao lado do superintendente da PF no Ceará, delegado Aldair da Rocha.Nomes
Durante a operação, foram presos o delegado-regional da Polícia Civil de Juazeiro do Norte, Levi Gonçalves Leal; os inspetores Anderson Soares Pimenta e Francisco Márcio Correia Cruz; além do ex-PM José Erasmo Gomes de Morais. Um PM da ativa, identificado como cabo Ricardo Antônio Bento Burgos, fugiu e está sendo procurado.
O delegado foi preso em flagrante delito porque em sua casa os ´federais´ encontraram um carro roubado e que havia sido ´clonado´. Trata-se de um Honda Fit que estava com as placas ´frias´ DQZ-4287, inscrição de São Bernardo do Campo (SP). No entanto, à tarde, o delegado foi posto em liberdade mediante habeas corpus (ver matéria coordenada). Os demais acusados foram transferidos para Fortaleza e continuam presos.
O advogado dos sindicatos dos delegados (Sindepol) e dos policiais civis (Sinpoci), Leandro Vasques, acompanha o caso e informou que já está tomando as medidas jurídicas cabíveis em relação aos policiais civis que permanecem detidos.ENTREVISTALevi Leal afirma que não praticou crime
Logo após ser transferido para Fortaleza, junto com os demais acusados, o delegado Levi Gonçalves Leal teve sua prisão relaxada, através de habeas corpus, por decisão do juiz substituto da 2ª Vara Criminal de Juazeiro do Norte, José Acelino Jácome de Carvalho. O magistrado também concedeu ao delegado um salvo-conduto.
No começo da noite, já em liberdade, Levi Leal concedeu entrevista à Imprensa, na sede do Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepol), ocasião em que afirmou ter ficado "surpreso" com a operação deflagrada pela Corregedoria e Polícia Federal. "Sou um cidadão de bem, tenho uma reputação ilibada e nunca pratiquei nenhum tipo de crime", ressaltou.
Quanto ao fato de haver sido encontrado um veículo Honda Fit, com placas clonadas, em sua residência, em Juazeiro do Norte, o delegado afirmou que a operação investigou uma "conduta atípica" da parte dele, "que pode até configurar um ilícito administrativo", explicou.
Leal confirmou que o automóvel estava com ele, mas negou que sua mulher usasse o carro, como informou o secretário de Segurança durante entrevista coletiva na tarde de ontem. O delegado desconhecia o fato de ter sido exonerado pelo superintendente da Polícia Civil, Luiz Carlos de Araújo Dantas. Apesar de exibir o alvará de soltura, ele reafirmou que não foi preso pelos federais, mas sim "convidado a acompanhá-los".FERNANDO RIBEIRO/EMERSON RODRIGUESEDITOR DE POLÍCIA/REPÓRTER - DN
Ao grupo também são atribuídos delitos graves como tortura, sequestro e peculato. Outro policial militar está sendo caçado naquele Município. A ação da PF, batizada de ´Operação Terremoto´, mobilizou cerca de 70 agentes federais, bem como, integrantes da Corregedoria Geral dos Órgãos da Segurança Pública (CGOSP).Clones
Há, pelo menos, três meses o caso estava sendo investigado, sob sigilo, pela Corregedoria Geral da SSPDS, com o apoio da PF. Segundo as autoridades, o esquema criminoso funcionava quando os acusados, utilizando informações privilegiadas através de cadastros da Polícia, identificavam as pessoas que haviam comprado carros ´clonados´, isto é, veículos roubados, mas que tinham sido ´esquentados´ pelos ladrões.
Os automóveis eram vendidos às vítimas com documentação e placas de outros carros semelhantes e legais. Ao descobrir a clonagem através dos programas SIP (Sistema de Informação Policial) e Infoseg (Informações de Segurança), os membros da quadrilha aproveitavam-se da situação para praticar as extorsões.
Quem estava de posse de automóveis clonados, conhecidos também como ´Pokemons´, passava a ser pressionado com ameaça de prisão e acabava rendendo-se à chantagem dos policiais, entregando o dinheiro exigido. "Mas houve casos mais graves ainda, com tortura e até sequestro", afirmou o secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Roberto Monteiro, em entrevista coletiva à Imprensa sobre o assunto, ontem à tarde, ao lado do superintendente da PF no Ceará, delegado Aldair da Rocha.Nomes
Durante a operação, foram presos o delegado-regional da Polícia Civil de Juazeiro do Norte, Levi Gonçalves Leal; os inspetores Anderson Soares Pimenta e Francisco Márcio Correia Cruz; além do ex-PM José Erasmo Gomes de Morais. Um PM da ativa, identificado como cabo Ricardo Antônio Bento Burgos, fugiu e está sendo procurado.
O delegado foi preso em flagrante delito porque em sua casa os ´federais´ encontraram um carro roubado e que havia sido ´clonado´. Trata-se de um Honda Fit que estava com as placas ´frias´ DQZ-4287, inscrição de São Bernardo do Campo (SP). No entanto, à tarde, o delegado foi posto em liberdade mediante habeas corpus (ver matéria coordenada). Os demais acusados foram transferidos para Fortaleza e continuam presos.
O advogado dos sindicatos dos delegados (Sindepol) e dos policiais civis (Sinpoci), Leandro Vasques, acompanha o caso e informou que já está tomando as medidas jurídicas cabíveis em relação aos policiais civis que permanecem detidos.ENTREVISTALevi Leal afirma que não praticou crime
Logo após ser transferido para Fortaleza, junto com os demais acusados, o delegado Levi Gonçalves Leal teve sua prisão relaxada, através de habeas corpus, por decisão do juiz substituto da 2ª Vara Criminal de Juazeiro do Norte, José Acelino Jácome de Carvalho. O magistrado também concedeu ao delegado um salvo-conduto.
No começo da noite, já em liberdade, Levi Leal concedeu entrevista à Imprensa, na sede do Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepol), ocasião em que afirmou ter ficado "surpreso" com a operação deflagrada pela Corregedoria e Polícia Federal. "Sou um cidadão de bem, tenho uma reputação ilibada e nunca pratiquei nenhum tipo de crime", ressaltou.
Quanto ao fato de haver sido encontrado um veículo Honda Fit, com placas clonadas, em sua residência, em Juazeiro do Norte, o delegado afirmou que a operação investigou uma "conduta atípica" da parte dele, "que pode até configurar um ilícito administrativo", explicou.
Leal confirmou que o automóvel estava com ele, mas negou que sua mulher usasse o carro, como informou o secretário de Segurança durante entrevista coletiva na tarde de ontem. O delegado desconhecia o fato de ter sido exonerado pelo superintendente da Polícia Civil, Luiz Carlos de Araújo Dantas. Apesar de exibir o alvará de soltura, ele reafirmou que não foi preso pelos federais, mas sim "convidado a acompanhá-los".FERNANDO RIBEIRO/EMERSON RODRIGUESEDITOR DE POLÍCIA/REPÓRTER - DN
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