quinta-feira, 13 de setembro de 2018

General critica 'infiéis' e admite sair da política

Candidato do PSDB ao Governo do Estado, General Theophilo concedeu entrevista ao "CETV 1ª Edição", na TV Verdes Mares. Hoje, o postulante entrevistado é Francisco Gonzaga, do PSTU, e amanhã é a vez de Hélio Góis, do PSL ( Foto: Saulo Roberto )
Diário do Nordeste

O candidato do PSDB ao Governo do Estado, General Theophilo, disse em entrevista do Diário do Nordeste, ontem, que, caso seja derrotado nas eleições deste ano, encerrará a carreira política e será professor universitário. Ele afirmou ainda que está desiludido com "infiéis" do seu próprio partido, assim como com parte do eleitorado que, em sua opinião, não quer mudança na realidade do Ceará. Ontem, ele detalhou propostas de campanha em entrevistas à TV Verdes Mares e à TV Diário.

O tucano reconheceu ter sentido dificuldade de adaptação à vida de homem público, em comparação com a atuação militar, e demonstrou descontentamento com a situação da política cearense, inclusive no PSDB. "Tenho encontrado pessoas que não são fieis ao partido, que, apesar de serem do PSDB, não apoiam o candidato a governador. Acho isso uma grande infidelidade e tenho que ser coerente com tudo o que aprendi. Se sou PSDB, apoio o candidato do PSDB".
General Theophilo preferiu não nominar os "infiéis" no partido, mas relatou que, em diálogo com o senador Tasso Jereissati (PSDB), estrategista político da campanha, foi alertado que, "por condições políticas, por apoio a A, B ou C, não adianta a gente ir para determinado Município, porque ali a pessoa, apesar de ser do PSDB, não está votando no candidato a governador, no General", disse.

"Isso me dói profundamente, porque não faz parte do meu aprendizado. Não foi assim que fui formado, e acho que a população brasileira também não foi formada assim, mas com transparência, honestidade e sendo disciplinada", argumentou. Na primeira pesquisa Ibope divulgada pelo Sistema Verdes Mares no primeiro dia da campanha, em 16 de agosto, Theophilo teve 4% das intenções de voto, atrás de Camilo Santana (PT), que atingiu 64%.

Filiado ao PSDB desde abril deste ano, o postulante disse que, caso não vença a eleição, não tem "nenhuma vontade de continuar político". "Não passava pela minha cabeça, o que eu gosto é de dar aula", citou. Theophilo pretende ser professor de Relações Internacionais. "A minha carreira começou agora, mas a gente tem visto muita coisa e o meu crédito é que o povo queira mudar. Se o povo não quer, se não vota em mim, não vou ficar insistindo num povo que prefere isso aí. Se prefere isso daí, que tenha isso daí".

Expectativa

Ele relatou que, em algumas localidades do Estado, a realidade é "do voto de cabresto". O tucano disse ainda que não sobe em palanques ou faz carreatas com candidatos investigados na Operação Lava-Jato. "Várias vezes já tive divergência com o Tasso, mas quando vejo que uma coisa que não está de acordo com minhas posições, eu me retiro", disse. "Já me retirei de carreatas e mantenho incólume meu pensamento de fazer política séria com o povo cearense".

No entanto, General Theophilo sustentou que há segmentos da sociedade que querem mudança, que acreditam que o Ceará está sem rumo, e são essas pessoas que o motivam na campanha. "Estamos há dez dias de campanha na televisão, intensificando carreatas, participando de entrevistas, e acredito que a popularidade crescerá", disse ele, acreditando que estará no segundo turno da disputa.

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