Segundo Luizianne, a não indicação de um nome para o Senado vai de encontro à representatividade que o PT possui no Ceará, onde, segundo ela, o ex-presidente Lula possui 60% das intenções de voto ( Foto: Arquivo DN ) |
Diário do Nordeste
A deputada federal e ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), apresentou nesta quinta-feira (2) um recurso para que o Partido dos Trabalhadores reconsidere a decisão de não indicar um candidato ao Senado pelo Ceará nas eleições deste ano, algo que é defendido pelo governador Camilo Santana. Segundo a parlamentar, o documento será apreciado nesta sexta-feira (3) pelo diretório nacional da sigla, que ocorre em São Paulo.
"A presidente Gleisi (Hoffmann) já disse que colocará (o recurso) em votação. Fazemos isso porque acreditamos que o partido não pode diminuir de tamanho", afirmou Luizianne, que lembrou que o PT possui, atualmente, uma vaga no Senado pelo Ceará, ocupada por José Pimentel, e que a perda de representatividade no Congresso Nacional não estão nos planos da sigla. "A orientação do diretório nacional é de que não haja nenhuma vaga a menos, e sim que o PT amplie o número de cadeiras na Câmara e no Senado", complementou.
Segundo Luizianne, a não indicação de um nome para o Senado vai de encontro à representatividade que o PT possui no Ceará, onde, segundo ela, o ex-presidente Lula possui 60% das intenções de voto na corrida presidencial. "Se não tivermos candidato, não teremos ninguém pedindo votos para ele", pontua.
A parlamentar também ressalta que o fato de o PT não ter maioria no Cogresso foi um fator decisivo para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. "Fomos vítimas de um golpe por conta da maioria da Câmara que os golpistas conquistaram na legislatura anterior. Não podemos permitir que isso volter a ocorrer na legislatura posterior. Precisamos ter ampla maioria para que, caso consigamos eleger o presidente Lula, possamos ter uma base de sustentação com a cara do povo brasileiro", conclui.
Necessidade
Em maio, o vereador Acrísio Sena (PT), presidente do partido na Capital, defendeu, na Câmara Municipal de Fortaleza, que a sigla petista necessita abrir mão da vaga para o Senado na chapa majoritária deste ano. Na avaliação do dirigente, o partido já está bem representado com o governador Camilo Santana, e exigir uma vaga na Câmara Alta daria à legenda uma representação desproporcional.
“Estaríamos apenas nós, um único partido, reivindicando 50% da chapa”, disse o vereador, na ocasião. Acrísio também declarou que o arco de alianças de mais de 20 siglas construído em torno da reeleição do governador inviabiliza um “blocão” das legendas para as disputas proporcionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário