quarta-feira, 25 de julho de 2018

Tite aceita proposta da CBF e renova contrato até Copa de 2022

Há dois anos no cargo, o treinador acumulou 20 vitórias, quatro empates e duas derrotas ( AFP )
por Folhapress
O técnico Tite renovou o contrato com a CBF para comandar a Seleção Brasileira até a Copa do Mundo de 2022. O acordo foi finalizado nesta quarta-feira (25). Os valores da negociação não foram revelados.

Contratado em 2016, o treinador recebia cerca de R$ 600 mil por mês e não deverá ganhar um aumento após a fracassada campanha da equipe na Copa da Rússia. No último dia 6, o Brasil comandado por Tite foi eliminado do Mundial após ser derrotado pela Bélgica, por 2 a 1, nas quartas de final.

Apesar da excelente campanha do time pré-Copa, a Seleção não convenceu no torneio. No comando, Tite não conseguiu enquadrar o atacante Neymar, uma das decepções do Mundial.

O técnico já começa a trabalhar na próxima semana. Em agosto, ele fará a primeira convocação após permanecer no cargo, quando chamará os jogadores para dois amistosos nos EUA, em setembro. No próximo dia 7, a equipe nacional enfrenta os donos da casa. O segundo compromisso será provavelmente contra El Salvador, no dia 11, em Washington.

Há dois anos no cargo, o treinador acumulou 20 vitórias, quatro empates e duas derrotas. Antes da Copa do Qatar, Tite terá um compromisso decisivo no próximo ano: a Copa América. O torneio continental será disputado no Brasil. Um novo fracasso do time pode aumentar a pressão sobre o técnico. O campeonato será realizado em cinco cidades: São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador.

A comissão técnica também será enxugada. No Mundial, Tite contou com a ajuda de 40 profissionais, o que não acontecerá nos amistosos até a Copa América. Serão oito jogos antes da Copa América. Logo após o torneio continental, em 2019, a Seleção começa a disputar as eliminatórias da Copa do Qatar.

Histórico

Com o acordo, Tite é o primeiro treinador a permanecer no cargo após a derrota em um Mundial desde Cláudio Coutinho, que comandou o time nacional na Copa de 1978. Depois do torneio, ele permaneceu no cargo para o ciclo do Mundial de 1982, mas caiu três anos antes, em 1979.

Naquele período, o time nacional venceu cinco partidas, empatou três e perdeu duas. O empate contra o Paraguai, por 2 a 2, pela semifinal da Copa América de 1979, foi a sua última partida. Após a eliminação no torneio, ele foi substituído por Telê Santana.

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