Caso não consiga reaver o PHS, Tin Gomes deve ingressar em uma sigla da base. Ele admite que legendas têm priorizado deputados federais ( Foto: José Leomar ) |
Diário do Nordeste
Passado o Carnaval, o deputado estadual Tin Gomes (PHS), vice-presidente da Assembleia Legislativa, espera, em diálogo com o atual presidente nacional da sigla, Marcelo Aro, reassumir o comando do partido no Ceará. Destituído desde setembro da função, o humanista ainda tem esperança de comandar o grêmio, hoje liderado por assessores do deputado federal Cabo Sabino (ainda no PR).
De acordo com Tin Gomes, na próxima terça-feira (20), haverá uma reunião com membros da executiva nacional para saber se ainda há espaço para ele no comando do partido. O PHS tem passado por mudanças desde a destituição de Eduardo Rocha da presidência nacional do grêmio, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A decisão do ex-presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, atendeu a denúncias de filiados do partido, que afirmaram que Machado havia desviado recursos partidários. Em dezembro passado, o então presidente nacional da sigla, após ter destituído o diretório estadual no Ceará, decidiu empossar a nova cúpula do PHS no Estado, formada, majoritariamente, por assessores de Cabo Sabino. O atual presidente do partido, inclusive, é Dr. Sabino, assessor parlamentar do deputado federal.
Ao Diário do Nordeste, Dr. Sabino já informou que nada será modificado na composição da direção no Ceará, o que teria sido garantido por representantes nacionais da sigla. O deputado pretende se filiar ao partido e tornar-se presidente do grêmio no dia 16 de março. Depois que o PHS deu posse à nova direção, a sigla mudou posicionamentos.
Apoio
Atualmente, ela é uma das três legendas que dão sustentação à pré-candidatura a presidente da República do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), junto com o PSL e o PROS. O partido não deve apoiar candidatura ao Governo do Estado e tem como objetivo principal eleger nomes para a Câmara Federal.
Na gestão de Tin Gomes, o PHS era um dos principais aliados do Governo Camilo Santana (PT) e fazia parte do maior bloco de sustentação da gestão na Assembleia. O ex-presidente chamou Eduardo Machado, deposto da presidência nacional do grêmio, de "irresponsável".
"Ele foi irresponsável porque me destituiu sem eu saber. Ele chamou de golpista quem criticava ele. Agora, se quem denuncia outro por roubo é golpista, eu sou golpista", afirmou.
Caso não consiga reaver o partido no Ceará, Tin Gomes terá que ingressar em uma das legendas aliadas do Governo para poder se candidatar à reeleição. Apesar da tentativa que fará, ele reconhece que, diante de mudanças na legislação eleitoral, partidos têm dado preferência a deputados federais no comando das agremiações, visto que a distribuição de fundo partidário e do tempo de televisão depende da representatividade deles na Câmara Federal.
Tribunal de Justiça
O deputado será o relator do projeto do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) que cria a Vara de Delitos de Organizações Criminosas no Ceará. Ele foi informado na última sexta-feira sobre a relatoria e afirmou ao Diário do Nordeste que amanhã (15), em reunião da Mesa Diretora, deve deliberar sobre a matéria.
A Mesa Diretora está responsável por apresentar parecer a todos os projetos em tramitação no Legislativo, uma vez que todas as 18 comissões técnicas foram destituídas e suas funções, suspensas. De acordo com Tin Gomes, até o próximo dia 22 a matéria poderá ser aprovada no Plenário 13 de Maio. O primeiro-secretário da Assembleia, deputado Audic Mota (MDB), vai relatar outro projeto, que dispõe sobre gratificações para agentes de saúde do Estado.
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