(Foto: Júlio Caesar) |
O Povo-IGOR CAVALCANTE
O deputado estadual Capitão Wagner está de saída do Partido da República (PR) com destino ao Partido Republicano da Ordem Social (Pros). A mudança deve ser anunciada oficialmente quinta-feira, 25. Em entrevista ao O POVO Online, ele revelou que a intenção é aumentar a autonomia no grupo e consolidar mais um partido na oposição.
Segundo ele, muitas siglas o sondaram sobre a possibilidade de mudança. Contudo, o Pros foi a legenda que mais atendeu aos interesses do parlamentar. “Entre os fatores, temos necessidade de estar em uma sigla onde possamos imprimir o nosso ritmo, atraindo pessoas que queiram compor conosco. E tem a importância de trazer mais um partido para o bloco da oposição”, explicou.
Pros: situação x oposição
A nova legenda do parlamentar foi a sexta e última dos seus principais adversários políticos, Cid e Ciro Gomes, antes de eles irem para o Partido Democrático Trabalhista (PDT). À época, um dos principais motivos apontados para a saída da dupla junto a aliados foi a necessidade do grupo cearense ir para um partido mais forte, já pensando no projeto político de Ciro em busca de vaga no Palácio do Planalto nas eleições deste ano.
Já a saída de Wagner do PR vem em meio a momento de reviravolta política do militar. Apontado como principal nome para oposição a Camilo Santana (PT) nas urnas, ele recuou da candidatura ao mais alto cargo do Executivo estadual após exigências do senador Tasso Jereissati (PSDB).
O tucano vetou a presença do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) no palanque da oposição. O atual deputado estadual defendeu que grande parte do seu eleitorado é simpatizante do pré-candidato à Presidência. Contudo, não houve acordo e Wagner passou a anunciar inclinação para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Eleições 2018
Segundo Wagner, a estratégia na nova sigla é formar uma chapa para eleger pelo menos três deputados estaduais e três federais, incluindo ele. A chegada de um dos principais opositores dos Ferreira Gomes muda novamente o direcionamento político do Pros, que já foi situação no Estado, à época de Cid e Ciro, e engrossou a voz da oposição com a saída dos irmãos. “Não há qualquer possibilidade de ficarmos em cima do muro, não há história de independente, somos oposição de fato ao grupo que está governando o Estado”, ressaltou Wagner.
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