quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Ceará tem 16 deputados contra texto da Reforma da Previdência


voto

Diário do Nordeste/Brasília/Sucursal.
Segundo levantamento feito pelo Diário do Nordeste, dos 22 deputados federais, 16 disseram ser, total ou parcialmente, contra o texto da Reforma da Previdência, quatro continuam indecisos, um não respondeu, e apenas um declarou ser a favor: o deputado Danilo Forte (sem partido). Ele ponderou, contudo, que a Reforma é necessária para cobrir o déficit previdenciário, mas não pode ser votada às pressas como prevê o governo.

Os deputados José Airton (PT), Luizianne Lins (PT), José Guimarães (PT), André Figueiredo (PDT), Chico Lopes (PCdoB), Ariosto Holanda (PDT), Leônidas Cristino (PDT), Vicente Arruda (PDT), Vitor Valim (PMDB), Cabo Sabino (PR), Gorete Pereira (PR), Moses Rodrigues (PMDB), Domingos Neto (PSD), Genecias Noronha (SD) e Odorico Monteiro (PSB) declararam que são totalmente contra a proposta.

Já a assessoria do deputado Moses Rodrigues (PMDB) declarou que o parlamentar não concorda com alguns pontos, por isso votará contra o texto proposto pelo governo. Seguem indecisos sobre a reforma os deputados Vaidon Oliveira (PROS), Ronaldo Martins (PRB), Macedo (PP), Adail Carneiro (PP) e Aníbal Gomes (PMDB).

O líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que a oposição pretende obstruir todas as votações em Plenário, na Câmara, até que o governo desista de votar a Reforma da Previdência.

Segundo as contas de Guimarães, atualmente 271 deputados são contrários ao texto. "É uma obstrução política. Os governistas não têm coragem de marcar a data", disse.

Apesar do PSDB ter fechado questão a favor da reforma da Previdência, o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB) adiantou que votará contra a proposta apresentada pelo governo, caso seja definida uma data para votação. Segundo o tucano, não adianta votar somente a questão da idade porque isso não muda a realidade da Previdência. "O governo precisa mandar a reforma necessária", disse.

Articulações governistas

Com apenas uma semana para aprovar a Reforma ainda neste ano, o presidente Michel Temer decidiu enquadrar ministros para que obriguem seus deputados a votarem a favor da proposta.

Em troca de apoio também intensificou a negociação de cargos e acelerou a liberação de emendas parlamentares.

Na ofensiva em busca dos 308 votos necessários para aprovar o texto, Temer pediu aos ministros da Educação, Mendonça Filho (DEM); da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD); e dos Transportes, Maurício Quintella (PR) para que convençam suas bancadas a fecharem questão a favor da reforma - ou seja, que obriguem os deputados a votarem como o partido manda, sob o risco de punição. Ontem, o ministro da Educação foi até a Câmara para se reunir com os deputados do DEM. No encontro, propôs que o partido deliberasse sobre fechamento de questão na convenção marcada para hoje.

Colaborou Carolina Curvello

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