"O título de doutora é uma vitória, uma superação", afirma Bruna. ( Foto: Divulgação ) |
Diário do Nordeste
Apenas 661 mulheres detêm o título de doutoras antes dos 30 anos, em todo o Brasil, segundo dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A mais jovem delas é cearense: Bruna Mara Machado Ribeiro, nascida em 13 de setembro de 1988, concluiu o Doutorado em Farmacologia no dia 17 de junho de 2015, aos 26 anos. O recorde anterior era de Raíssa Rodrigues Murad, de São Paulo, que foi titulada doutora em Educação aos 27 anos.
Desde a infância, Bruna teve interesse pelos estudos. Foi estudante da Escola Walter de Sá Cavalcante, no bairro Cidade dos Funcionários, e já em 2003 recebeu a primeira grande conquista: Menção Honrosa na 1ª Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas do Ceará.
Após prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ganhou bolsa integral pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) e ingressou na Faculdade aos 16 anos. Em 2010, recém-formada, foi aprovada como professora substituta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Entre 2013 e 2015, cumpriu o Doutorado pelo programa de Farmacologia da Faculdade de Medicina da UFC, defendendo a tese “Estudo dos Efeitos Neuroprotetores do Ômega-3, Liraglutide, Risperidona e Clozapina em um modelo neuroinflamatório induzido por Poly I:C em cultura primária de células Hipocampais”.
“O que me alegra é a minha história e as pessoas envolvidas desde o colégio publico. O título de doutora é uma vitória, uma superação. Sou cearense, sou mulher, não venho de família rica. Sem Deus, eu nunca teria chegado aqui”, conta a enfermeira por formação.
Hoje, aos 28 anos, Bruna é professora de Embriologia, Histologia e Farmacologia da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), tutora do Programa Mais Médicos do Governo Federal e sócia da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento.
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