Camilo participou da solenidade na manhã deste sábado (28) ( Foto: Saulo Roberto ) |
Diário do Nordeste
Após a chegada do policiamento do Batalhão de Policiamento e Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) em municípios da Região Metropolitana como Caucaia e Maracanaú em setembro, Fortaleza recebeu oficialmente, na manhã deste sábado (28), reforço de 104 policiais no efetivo. Dessa forma, serão 607 policiais do batalhão atuando na Capital cearense até a chegada de mais um reforço de 120 novos soldados, previsto pelo governador Camilo Santana para março do ano que vem, o que deve dobrar a capacidade operacional do BPRaio.
Divididos em 14 equipes, os 104 policiais terão o apoio de 56 motos e duas viaturas 4x4. No total, são mais de R$ 2,8 milhões investidos pelo Governo na aquisição de veículos e equipamentos.
Na Capital, o BPRaio será anunciado, ainda, em mais dois bairros: terça (31) no Vila Velha e dia 7 de novembro no bairro Parangaba. Das equipes que irão cobrir Fortaleza, ao menos quatro ficarão fixas no bairro Messejana. Apesar de considerar que o bairro não possui um alto índice de homicídios, o secretário da Segurança Pública, André Costa, avalia que a necessidade se dá diante do alto índice de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP), destacando o roubo de carros na região.
"A gente está usando a estratégia do sistema Alerta Brasil, rastreando carros e motos por meio de sensores e, com essas equipes do BPRaio operando na região, tenho certeza de que vai aumentar muito o volume de recuperação de carros na mão de bandidos. A gente vai itensificar essas operações aqui, na Messejana e em alguns bairros que selecionamos para melhorar os índices tanto de homicídios como de assaltos", destacou o titular da Pasta.
De acordo com o governador do Estado, Camilo Santana, Maranguape será a próxima cidade a receber, em novembro, o policiamento do BPRaio. A meta é, até dezembro deste ano, levar equipes a mais cinco ou seis municípios cearenses e estar em todos as cidades com mais de 50 mil habitantes até o fim do próximo semestre.
Segurança Pública
Durante o evento, o governador falou, ainda, sobre o encontro de governadores realizado no Acre na última sexta-feira (27), cujo tema de destaque foi a Segurança Pública. "O que nós estamos questionando e cobrando da União é que é preciso ter uma estratégia nacional de segurança", disse, ressaltando que as drogas e as facções são considerados os principais empecilhos para conter o avanço da criminalidade.
"Nós estamos pagando um preço caro porque o Brasil não construiu, ao longo de décadas, uma estratégia de segurança, que é a maior cobrança da população", disse, frisando que este, entretanto não é um problema "só da União ou só desse governo (Temer)".
Camilo Santana também destacou a necessidade de que haja um registro igual para que cada estado possa preencher suas estatísticas. Ele criticou o fato de estados como São Paulo, por exemplo, terem categorias diferentes como a de "mortes a esclarecer". "Lá, quando acontece uma chacina com oito mortos, por exemplo, só é registrado um evento. Aqui, se há oito mortes, são oito mortes registradas. É comparar laranja com banana", disse.
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