"Um tratamento herdado da monarquia não cabe numa democracia, onde deve haver igualdade", defende Requião ( Foto: Agência Senado ) |
Diário do Nordeste
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) apresentou, nesta semana, no Senado Federal, um projeto que prevê o fim de tratamento cerimonioso para autoridades. Segundo a proposta, o uso de pronomes como 'excelência' e 'doutor', para se referir a cidadãos e detentores de cargos públicos, ficaria proibido em todo o território nacional, e essas pessoas seriam chamadas apenas de 'senhor' e 'senhora'.
Requião quer pôr fim ao modo cerimonioso de tratar autoridades depois que a procuradora da República, Isabel Vieira, protestou ao ser chamada de “querida” pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante depoimento ao juiz Sérgio Moro, no Paraná. Na ocasião, ela exigiu a forma protocolar devida, algo que foi acatado por Lula.
"Um tratamento herdado da monarquia não cabe numa democracia, onde deve haver igualdade", defende Requião. A proposta do senador está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal.
Repercussão
No perfil oficial do Senado Federal no Facebook, diversos internautas se mostratam favoráveis ao projeto. "Doutor é um título que se conquista com o grau de doutor, e não um pronome de tratamento. Acho justo", diz um dos comentários. " Acho que 'senhor' é respeitoso e tira a necessidade da burocracia", complementa outro internauta.
Na consulta pública aberta pelo Senado, 3.708 pessoas já se posicionaram favoráveis ao projeto até o momento, enquanto 468 votaram contra.
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