A sessão ordinária de sexta-feira (1) foi atípica para os padrões da Assembleia Legislativa do Ceará. Com 22 parlamentares registrando presenças no painel eletrônico do Plenário 13 de Maio, as atividades do dia transcorreram até 11h40, quando por falta de oradores encerrou-se a sessão plenária. Na última semana, assim como ao longo do mês, porém, o que se viu foram sessões completamente esvaziadas e debates mais escassos.
O Diário do Nordeste fez um levantamento das ausências dos deputados na Casa, constatando que o período que antecede o pleito de 2018 tem feito parlamentares seguirem para suas bases eleitorais e abandonarem o plenário. Na sessão de ontem, diferentemente do que vem ocorrendo, às 9h20 o quórum de 16 presentes havia sido alcançado.
No entanto, no Plenário 13 de Maio, estavam apenas os deputados Ely Aguiar (PSDC), Silvana Oliveira (PMDB), Tomaz Holanda (PPS) e Julinho (PDT). No decorrer da sessão, que teve pouco mais de duas horas de duração, outros seis parlamentares compareceram à sede do Legislativo, até porque um suplente estava tomando posse no lugar do deputado Mário Hélio (PDT): Yuri Guerra, do PMN.
Às 10h20, a quantidade de presentes já havia aumentado, e no plenário estavam Silvana Oliveira, Heitor Férrer (PSB), Leonardo Araújo (PMDB), Julinho, Carlos Felipe (PCdoB), Mirian Sobreira (PDT) e Walter Cavalcante (PP). No fim da sessão, apesar de o painel eletrônico ter registrado 22 presentes, somente oito acompanhavam os trabalhos: Julinho, Gony Arruda (PSD), Augusta Brito (PCdoB), Silvana Oliveira, Tomaz Holanda, Aderlânia Noronha (SD), Carlos Felipe e Ely Aguiar.
Na última terça-feira (29), o quórum mínimo só foi alcançado às 9h30, sendo que, dos 19 que registraram presença, apenas oito acompanhavam os trabalhos no encerramento da sessão, às 10h49. Na quinta-feira (31), dia de sessão deliberativa na Casa, o quórum foi atingido somente às 9h45.
O presidente da Casa, Zezinho Albuquerque (PDT), disse que pouco pode fazer sobre as faltas, a não ser cobrar presença de seus pares nas atividades, principalmente nas votações. Ele ressaltou, ainda, que há atividades externas que demandam as presenças dos parlamentares.
Reunião
Já o deputado Carlos Felipe (PCdoB) disse ontem, ao Diário do Nordeste, que vai pedir uma reunião da Mesa Diretora e do Colégio de Líderes para reverter a situação "vexatória" para o Parlamento. Na quarta-feira (30), o quórum mínimo só foi alcançado às 9h45, cerca de 25 minutos depois da tolerância máxima já acordada entre deputados para o início das sessões.
Praticamente todos os parlamentares faltaram algum dia de sessão em agosto. A maioria justificou as ausências por missão especial ou oficial. Alguns, no entanto, levaram falta por ausência de justificativa, como Osmar Baquit (PSD). Já Manoel Santana (PT) e Odilon Aguiar (PMB) faltaram por motivos de saúde. O petista se submeteu a uma cirurgia recentemente, assim como Aguiar, que está licenciado desde o início de agosto.
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