domingo, 10 de setembro de 2017

No Dia Mundial do Combate ao Suicídio, confira 10 mitos sobre o comportamento

10 de setembro é o Dia Mundial de Combate ao Suicídio ( Foto: Divulgação/ Setembro Amarelo )
A Organização Mundial da Saúde indica que, a cada 40 segundos, uma pessoa no mundo comete suicídio. Neste Setembro Amarelo, a Organização reconheceu que o assunto deve ser prioridade na agenda mundial, e incentivou países a desenvolverem estratégias de combate e prevenção ao suicídio. A prática é, hoje, a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos, mas continua sendo alvo de tabus e estigmas. Neste Dia Mundial de Combate ao Suicídio, confira 10 mitos sobre o relevante tema que precisa ser discutido cotidianamente.

MITOS


Mito 1: As pessoas que falam sobre o suicídio não farão mal a si próprias, pois querem apenas chamar a atenção.
           FALSO: Um conselheiro deve tomar todas as precauções necessárias sempre que confrontado com um indivíduo que fale de ideação, de intenção ou de um plano suicida. Todas as ameaças de se fazer mal devem ser levadas muito a sério. 

Mito 2: O suicídio é sempre impulsivo e acontece sem aviso.
           FALSO: Morrer pelas suas próprias mãos pode parecer ter sido impulsivo, mas o suicídio pode ter sido ponderado durante algum tempo. Muitos indivíduos suicidas comunicam algum tipo de mensagem verbal ou comportamental sobre as suas ideações da intenção de se fazerem mal. 

Mito 3: Os indivíduos suicidas querem mesmo morrer ou estão decididos a matar-se.
           FALSO: A maioria das pessoas que se sentem suicidas partilham os seus pensamentos com pelo menos uma outra pessoa, ou ligam para uma linha telefónica de emergência ou para um médico, o que constitui prova de ambivalência, e não de empenhamento em se matar. 

Mito 4: Quando um indivíduo mostra sinais de melhoria ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo.
           FALSO: Na verdade, um dos períodos mais perigosos é imediatamente depois da crise, ou quando a pessoa está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada e em perigo de se fazer mal. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em risco. 

Mito 5: O suicídio é sempre hereditário.
           FALSO: Nem todos os suicídios podem ser associados à hereditariedade e estudos conclusivos são limitados. Uma história familiar de suicídio, no entanto, é um factor de risco importante para o comportamento suicida, particularmente em famílias onde a depressão é comum. 

Mito 6: Os indivíduos que tentam ou cometem suicídio têm sempre alguma perturbação mental.
           FALSO: Os comportamentos suicidas têm sido associados à depressão, abuso de substâncias, esquizofrenia e outras perturbações mentais, além de aos comportamentos destrutivos e agressivos. No entanto, esta associação não deve ser sobrestimada. A proporção relativa destas perturbações varia de lugar para lugar e há casos em que nenhuma perturbação mental foi detectada. 

Mito 7: Se um conselheiro falar com um cliente sobre suicídio, o conselheiro está a dar a ideia de suicídio à pessoa.
           FALSO. Um conselheiro obviamente não causa comportamento suicida simplesmente por perguntar aos clientes se estão a considerar fazer-se mal. Na verdade, reconhecer que o estado emocional do indivíduo é real, e tentar normalizar a situação induzida pelo stress são componentes necessários para a redução da ideação suicida. 

Mito 8: O suicídio só acontece “àqueles outros tipos de pessoas,” não a nós.
           FALSO. O suicídio acontece a todos os tipos de pessoas e encontra-se em todos os tipos de sistemas sociais e de famílias. 

Mito 9: Após uma pessoa tentar cometer suicídio uma vez, nunca voltará a tentar novamente.
           FALSO. Na verdade, as tentativas de suicídio são um preditor crucial do suicídio. 

Mito 10: As crianças não cometem suicídio dado que não entendem que a morte é final e são cognitivamente incapazes de se empenhar num acto suicida.
           FALSO. Embora seja raro, as crianças cometem suicídio e, qualquer gesto, em qualquer idade, deve ser levado muito seriamente.

Diário do Nordeste

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