Diário do Nordeste
Quem circula por Fortaleza, seja a pé ou por qualquer modal, percebe que a quantidade de veículos está cada vez maior. De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE), a cada dia, 131 novos são emplacados e passam a rodar pela Capital, sendo que desse total, 65 são automóveis e 35 motos. Entre janeiro e agosto deste ano, a frota somou mais 31,3 mil unidades e chegou 1,08 milhão. Um aumento de 106,38% em relação a igual período de 2007, quando a cidade tinha 538,7 mil veículos.
Segundo números de julho deste ano do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a Capital cearense detém a maior frota do Norte e Nordeste e a sétima do País. A Bahia, com 866,6 mil veículos é a segunda e Manaus a terceira, com 675,9 mil, seguida por Recife, com 659,9 mil e Teresina, com 461,7 mil unidades.
Em relação aos novos emplacamentos, o Detran-CE informa que o Estado registrou, entre janeiro e agosto, 69.289 mil implantados, sendo 23.059 automóveis ou 33,28% do total e 28.835 motocicletas, ou 41,62%. Há dez anos, registrava-se a primeira ultrapassagem da barreira de pouco mais de um milhão de veículos. Agora, com a frota de 3,02 milhões, bate novo recorde, colocando o Ceará em nono lugar em relação aos outros Estados. São Paulo tem 26,4 milhões, seguido por Minas Gerais, com 10,2 milhões; Paraná, com 6,9 milhões; Rio Grande do Sul, com 6,4 milhões e Rio de Janeiro, com 6,3 milhões.
Retração
O Detran-CE também destaca que houve uma retração na velocidade com que a frota aumenta. Entre janeiro e agosto de 2007, por exemplo, o Ceará implantava 324 novos veículos. Em igual período deste ano, esse número caiu para 289 diariamente. Uma redução de 10,8%. A Capital passou de 145 emplacamentos/dia para 131 diariamente.
A crise econômica é apontada pela indústria automobilística e revendedores como a grande responsável por esse recuo. Mesmo assim, 33,8% dos que circulam na cidade e 31% no Estado têm até cinco anos de uso.
O certo é que quanto mais veículos nas ruas de Fortaleza, maior a disputa por espaço. Para o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e engenheiro de Transportes, Mário Azevedo, apenas obras não resolvem, sem que elas sejam acompanhadas de políticas públicas e incentivo a outros tipos de modais não automotivos. A Prefeitura ressalta a importância de projetos como o Bicicletar, binários, faixas exclusivas para ônibus e fiscalização no combate a estacionamentos irregulares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário