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Em meio à crise política e econômica atravessada pelo governo de Michel Temer e as denúncias que atingiram o até então presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, a popularidade do Partido dos Trabalhadores (PT) entre os eleitores brasileiros voltou a crescer, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha neste domingo (25).
O partido que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff para a Presidência – duas vezes cada – é hoje o preferido de 18% da população brasileira, índice três pontos percentuais acima do registrado na pesquisa anterior, divulgada em maio. O índice representa a maior a taxa de popularidade do PT desde dezembro de 2014, pouco após a reeleição de Dilma, quando 22% dos entrevistados pelo Datafolha simpatizavam com a legenda.
Os últimos levantamentos do instituto refletiam a queda da popularidade do Partido dos Trabalhadores diante das investigações da Operação Lava Jato e do processo de impeachment contra Dilma. A legenda era a favorita de 11% dos entrevistados em junho de 2015 e depois foi escolhida por 9% em dezembro do ano passado.
A nova pesquisa mostra o PMDB de Temer e o PSDB de Aécio empatados como segundo partido mais popular do Brasil, com 5% de preferência cada um. A grande maioria dos entrevistados para o levantamento, 59%, alegou não ter nenhuma preferência partidária. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Além das três legendas mencionadas, os únicos partidos que chegaram a alcançar 1% da preferência dos entrevistados na pesquisa foram o PSOL, o PV e o PDT, com 1% cada.
O Datafolha entrevistou 2.771 pessoas entre quarta (21) e sexta-feira (23), em 194 cidades brasileiras.
Temer em baixa
O levantamento do instituto já havia revelado, nesse sábado (24), que aprovação do governo Michel Temer atingiu o índice mais baixo dos últimos 28 anos. Apenas 7% da população brasileira considera a gestão do peemedebista boa ou ótima, a pior marca desde o governo de José Sarney (PMDB), que registrou 5% de aprovação em setembro de 1989.
Os brasileiros que classificam o governo Michel Temer como ruim ou péssimo já representam 69% da população, enquanto outros 23% o consideram regular (outros 2% não souberam responder). Na pesquisa anterior, divulgada pelo Datafolha no fim de abril , a gestão Temer agradava a 9% dos eleitores, enquanto a taxa de desaprovação era de 61%.
A atual marca do presidente, influenciada pelas denúncias surgidas a partir da delação de Joesley Batista, já é pior que a registrada pela sua antecessora no cargo, Dilma Rousseff (PT), às vésperas de sofrer o impeachment. A petista detinha índices de 9% de aprovação e de 63% de reprovação.
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