Reforma de previdência foi tema de seminário em Russas |
Aconteceu na noite desta quinta-feira(30) no auditório Lino Gonçalves na Unecim em Russas, o seminário sobre a reforma de previdência, organizado pela Paroquia de Nossa Senhora do Rosário, Sindicatos dos Rurais, servidores públicos municipais e federais e Unidade Educacional Coração Imaculado de Maria(UNECIM).
O evento teve palestras para debater o tema, proferidas por Roberto Luque, (Sintsef), Enedina Soares(FETAMCE) e pelo advogado Crescêncio Pereira.
Foi a oportunidade da sociedade saber mais como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, de reforma da Previdência, pretendida pelo governo Michel Temer, vai interferir no bolso e na rotina de cada um, como por exemplo saber exatamente quanto tempo mais precisariam trabalhar e o quanto receberiam caso a proposta seja aprovada no Congresso Nacional.
Hoje não há idade mínima para a aposentadoria por tempo de contribuição. São necessários 35 anos de recolhimento para homens e 30 para mulheres. Já para se aposentar por idade, hoje é necessário ter pelo menos 15 anos de recolhimento e 65 anos de idade para os homens e 60 para as mulheres.
Com a reforma da Previdência quem quiser se aposentar precisará ter pelo menos 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres e 25 anos de recolhimento, porém, para receber 100% no benefício serão necessários, na prática, 49 anos de recolhimento.
O governo federal justifica a mudança dizendo que a Previdência é deficitária e que a reforma seria necessária para equilibrar as contas. Porém, movimentos sociais e sindicatos denunciam que Temer não leva em conta toda receita arrecadada pela Previdência para fazer o cálculo: o governo contabiliza apenas a contribuição previdenciária, que no ano passado ficou em R$ 352,6 bilhões e os benefícios pagos, que somaram R$ 436 bilhões, apontando para um suposto déficit, segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip).
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