No dia 9 de março, um material que informa sobre a relação de doenças renais com a obesidade será distribuído em todas o país ( Foto: Divulgação ) |
Responsáveis pelo equilíbrio de líquidos e eletrólitos no corpo e pela produção de sangue, os rins nem sempre recebem a atenção que exigem. Agredidos por anos seguidos, eles podem desenvolver uma patologia ligada à circulação arterial (hipertensão e diabetes) ou fatores imunológicos: a doença renal crônica, que leva a perda total da função dos rins.
De acordo com a nefrologista e sócia-diretora da Clínica Santo Antônio, Jane Elizabeth Vieira Costa Sarmento, o desenvolvimento da doença é lento e, na maioria das vezes, silencioso. "Como sintomas, o paciente apresenta anemia, pressão alta e inchaço. Geralmente, ele possui vários problemas de saúde associados, como pressão alta, diabetes, insuficiência cardíaca e anemia, o que acaba acarretando as limitações dessas doenças, além da necessidade de diálise", explica.
Para evitar que essa doença crônica se desenvolva, a nefrologista aponta, como caminho, a adoção de hábitos saudáveis. "Uma minoria de pacientes de doença renal crônica é portadora de doenças hereditárias ou autoimunes, como o lúpus. Em grande parte, desenvolve essa patologia quem tem diabetes e/ou pressão alta mal controlados", alerta a médica. E é exatamente isso que costuma ligar a obesidade à doença. "A obesidade predispõe a hipertensão arterial e ao diabetes, que são as duas principais causas de sofrimento renal. Por isso, a palavra de ordem é manter hábitos saudáveis de vida, com alimentação balanceada e rica em alimentos 'da terra'. Também é fundamental evitar uma vida sedentária, praticando exercícios físicos moderados, pelo menos, três vezes semana", lista Jane.
Para a nefrologista, o acompanhamento de um profissional de confiança também faz a diferença. "O controle preventivo deve ser feito, pelo menos, uma vez ao ano. Já os portadores de hipertensão, diabetes, lúpus ou infecções urinárias de repetição devem procurar um nefrologista para orientação e exames".
Para ter mais qualidade de vida, ela frisa que é fundamental que o paciente de doença renal crônica tenha acesso a transporte fácil para diálise e aos medicamentos especiais e de alto custo que eles necessitam. "Há, também, a possibilidade de se fazer diálise peritoneal (feita em casa). Todos aqueles que estão aptos estão na fila do transplante, que é a outra alternativa de tratamento", finaliza.
Dia Mundial do Rim
Para relembrar a importância de manter a saúde desse órgão fundamental ao metabolismo ósseo e ao funcionamento do corpo humano, hoje, dia 9 de março, é comemorado o Dia Mundial do Rim. A data é marcada por ações em todo o mundo, com objetivo de divulgar as informações relacionadas à prevenção das doenças renais. A Sociedade Brasileira de Nefrologia coordena essa campanha no Brasil e, este ano, trabalhará o tema "Doença renal e obesidade: estilo de vida saudável para rins saudáveis".
O alerta foi fortalecido pela produção de um material informativo e educativo, que será distribuído e divulgado em todas as regiões brasileiras. Ao longo dos anos, a campanha de prevenção tem se intensificado, ampliando cada vez mais o número de pessoas atingidas com informações sobre prevenção e a importância do diagnóstico precoce da doença renal crônica.
Fonte DN
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