Água que irrigava plantações de coco saía do açude Pentecoste, que hoje funciona em nível morto (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução) |
Documento elaborado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) aponta que o Ceará corre "acentuado risco" de a água armazenada em represas e açudes esgotar entre novembro deste ano e janeiro de 2018. A mesma previsão cita os estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Conforme a Previsão Climática Sazonal, a seca na Região Nordeste deve se agravar no próximo trimestre e a tendência é de prolongamento da estiagem, que já dura cinco anos.
O estudo é do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e foi elaborado pelo Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS).
De acordo com o documento, a previsão considerou em um cenário em que as chuvas ocorram entre a média histórica até 30% abaixo da média histórica, a situação hídrica na maioria dos reservatórios de abastecimento de água da região Nordeste não atingirá "recuperação significativa" no decorrer do trimestre fevereiro, março e abril de 2017.
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Ceará tem maior probabilidade de ter chuva dentro da média em 2017
Outro cenário projetado no documento é um "impacto severo nas condições para agricultura e pecuária" durante o período chuvoso principal, com predominância de áreas de seca severa no interior da região semiárida, principalmente no sul do Ceará, leste do Piauí, oeste de Pernambuco e centronorte da Bahia.
Condições climáticas
A pesquisa reforça a preocupação com o quadro hídrico da região Nordeste e aponta, conforme os indicadores, que a previsão é que as precipitações ocorram abaixo da média histórica. De acordo com o estudo, com relação ao norte da região, a maioria dos indicadores climáticos globais e dos modelos "continua apontando maior probabilidade de as chuvas se situarem na categoria abaixo da faixa normal climatológica, com distribuição de probabilidade: 25%, 35% e 40% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente".
O estudo tem ainda a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Do G1 CE
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