sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Estudo aponta risco de água dos açudes do Ceará esgotar este ano

Água que irrigava plantações de coco saía do açude Pentecoste, que hoje funciona em nível morto (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Água que irrigava plantações de coco saía do açude Pentecoste, que hoje funciona em nível morto (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Documento elaborado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) aponta que o Ceará corre "acentuado risco" de a água armazenada em represas e açudes esgotar entre novembro deste ano e janeiro de 2018. A mesma previsão cita os estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Conforme a Previsão Climática Sazonal, a seca na Região Nordeste deve se agravar no próximo trimestre e a tendência é de prolongamento da estiagem, que já dura cinco anos.

O estudo é do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e foi elaborado pelo Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS).

De acordo com o documento, a previsão considerou em um cenário em que as chuvas ocorram entre a média histórica até 30% abaixo da média histórica, a situação hídrica na maioria dos reservatórios de abastecimento de água da região Nordeste não atingirá "recuperação significativa" no decorrer do trimestre fevereiro, março e abril de 2017.
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Outro cenário projetado no documento é um "impacto severo nas condições para agricultura e pecuária" durante o período chuvoso principal, com predominância de áreas de seca severa no interior da região semiárida, principalmente no sul do Ceará, leste do Piauí, oeste de Pernambuco e centronorte da Bahia.

Condições climáticas
A pesquisa reforça a preocupação com o quadro hídrico da região Nordeste e aponta, conforme os indicadores, que a previsão é que as precipitações ocorram abaixo da média histórica. De acordo com o estudo, com relação ao norte da região, a maioria dos indicadores climáticos globais e dos modelos "continua apontando maior probabilidade de as chuvas se situarem na categoria abaixo da faixa normal climatológica, com distribuição de probabilidade: 25%, 35% e 40% para as categorias acima, dentro e abaixo da faixa normal climatológica, respectivamente".

O estudo tem ainda a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Do G1 CE

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