terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Estudantes do IFCE criam sistema de reúso da água dos bebedouros

Resultado de imagem para bebedouro com reuso em caucaia
“Desde quando entrei no IFCE, vi uma problemática nos bebedouros. A água não era encaminhada para a destinação correta”. Foi assim que Nathália Paula de Oliveira Pereira, 21, estudante do curso de Petroquímica do Instituto Federal do Ceará (IFCE), campus Caucaia, decidiu montar o projeto Reágua. Ela e a também estudante Abigail Matos, 18, criaram um sistema que aproveita toda a água, antes, desperdiçada. Com um reservatório que tem capacidade para 20 litros, rodinhas e uma alça, hoje é possível coletar, mensalmente, mais de mil litros de água dos bebedouros. 

“Tive disciplinas que falavam sobre sustentabilidade e passei a ter noções de como podemos mudar o local que vivemos. O projeto de reúso despertou a sede de mudança onde estudamos”, afirma Nathália. No campus do IFCE em Caucaia, conforme a estudante, a falta de água é um problema constante. Com a iniciativa, os 1.010 litros de água coletados a cada mês tiveram destino certo: descarga dos banheiros, limpeza dos pátios e jardinagem.

“Um sonho é fazer com que instituições maiores vejam o projeto e o reproduzam. Com 50, 100 bebedouros encaminhando água para uma cisterna, por exemplo, dá uma quantidade significativa para diminuir o que é usado do Castanhão (reservatório que abastece Fortaleza e Região Metropolitana)”, pondera Nathália.

O estudo para desenvolver o protótipo começou há um ano e ele está em atividade há três meses.

Entre as disciplinas que auxiliaram na execução do protótipo está mecânica de fluidos. “Nós aprendemos, por exemplo, onde a torneira precisa estar para pegar o fluxo de água”, cita Nathália.

Para a professora do IFCE e orientadora das estudantes, Aline Santos Lima, o projeto surge em um momento importante. “Passamos por uma das maiores crises hídricas, então qualquer coisa que possa minimizar o uso de água é vantagem”, cita.


De acordo com Aline, o modelo de reúso da água de bebedouros já havia sido criado em outras escolas, mas com metodologia diferenciada. “Mas o que existe ainda é em pequena escala. Esse exemplo deveria ser repassado para outras escolas e empresas”, frisa.

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