quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Dilma fará sua defesa pessoalmente no plenário do Senado

Dilma deve se manifestar após todas as testemunhas de defesa e acusação ( Foto: AFP )
A presidente afastada, Dilma Rousseff, fará pessoalmente sua defesa no julgamento do Senado. Na manhã desta quarta-feira (17), Dilma procurou a reportagem para comunicar sua decisão. "Será a manifestação de uma presidente que irá ao Senado e que está sendo julgada por um processo de impeachment sem crime de responsabilidade", disse por telefone.

Questionada se não temia atitudes agressivas por parte de alguns senadores, respondeu: "Nunca tive medo disso. Aguentei tensões bem maiores na minha vida. É um exercício de democracia".

Dilma ficou particularmente incomodada com avaliações veiculadas na imprensa de que ela poderia não ir ao Senado por temer perguntas de seus oponentes e possíveis ataques no plenário do Senado. Essas avaliações levavam em conta o fato de sua ida prever, além de discurso, perguntas por parte de seus julgadores.

"Se eles quiserem que o Brasil veja um show do tipo de 17 de abril (data da votação do processo de impeachment na Câmara)...", disse, deixando implícita a conclusão da frase.

A Folha de S.Paulo publicou nesta quarta (17) que Dilma Rousseff dava sinais de que estaria disposta a fazer pessoalmente sua defesa no julgamento final do impeachment. No PT, os incentivadores de seu comparecimento ao Senado diziam que a petista "cresce na adversidade", lembrando que ela, quando ministra, "destruiu" o oposicionista José Agripino ao ser por ele confrontada em uma sessão.

Roteiro

Dilma deve ir ao Senado na manhã do dia 29 de agosto, uma segunda-feira, e terá até 30 minutos para falar, com possibilidade de prorrogação desse tempo. Acusação e defesa poderão elaborar, no tempo máximo de cinco minutos cada, perguntas à presiednte afastada, que têm o direito de ficar calada.

A programação foi acordada em reunião do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que a sessão, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários.  De acordo com o roteiro prévio elaborado, o julgamento final do processo deve ser finalizado no dia 31 de agosto.
 por Folhapress

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