O governador Camilo Santana está liberado pelo PT para apoiar a candidatura do prefeito Roberto Cláudio, do PDT, à reeleição em Fortaleza. Pelo menos é o que garante o presidente estadual da sigla petista, Francisco De Assis Diniz, que destacou, ainda, que o partido não deve criar constrangimentos para o chefe do Poder Executivo Estadual.
Camilo Santana, pelo cargo que ocupa, é a principal representação do PT no Ceará, e já tem dado sinais de que seu apoio nas eleições deste ano será de Roberto Cláudio, que pleiteia reeleição para a Prefeitura de Fortaleza. Em 2014, quando da disputa eleitoral para o Governo do Estado, o gestor da Capital apoiou Santana não somente em Fortaleza, mas o acompanhou em diversos eventos em outros municípios.
"Vamos tratar isso com naturalidade. Em 2014, nós não obrigamos a Luizianne (Lins) a fazer campanha para o Camilo, e ela não o fez. Por que agora vamos obrigar o Camilo a fazer campanha para a Luizianne?", questionou De Assis. Segundo ele, o partido tem autonomia para compreender que o governador tem gratidão e reconhecimento, além de uma relação próxima com Roberto Cláudio, por terem construído gestão partilhada.
"Não tem porque ficar criando cavalo de batalha. O que houve para nós em 2014 será utilizado em 2016. Não devemos criar constrangimento para o governador. Ele será liberado e em todas as demais cidades está junto conosco", acrescentou, ainda, o dirigente petista.
Divisão
O secretário estadual de Meio Ambiente e um dos membros históricos do PT no Ceará, Artur Bruno, afirmou que o partido está dividido em Fortaleza com a indicação de Luizianne Lins para a disputa na Capital. Conforme informou, existem lideranças importantes no grupo que estão insatisfeitas com a decisão de candidatura própria na Capital. "O próprio governador insistiu que o diretório municipal adiasse essa decisão para que buscássemos uma unidade ou pelo menos um entendimento mais coeso. Estamos aguardando a orientação do governador, e eu sempre defendi que fizéssemos aliança com o PDT, apoiando Roberto Cláudio", defendeu Bruno.
De acordo com ele, há uma "insatisfação muito grande" em relação ao modo como o PT Municipal vem conduzindo a relação com seus aliados nacionais. Conforme explicou, o apoio ao PDT é fundamental para garantir um apoio em âmbito federal à presidente afastada Dilma Rousseff. Já Elmano de Freitas, ao Diário do Nordeste, disse que o partido está dialogando com agremiações pequenas, mas que pode ir para a disputa sozinho, indicando um candidato a vice- prefeito do próprio grêmio.
Dirigente do partido, o vereador Acrísio Sena ressaltou que é preciso trabalhar a relação com Camilo de forma tranquila para saber que desafios o PT terá pela frente. "Sabemos que os dois partidos, o PDT e o PT, estão numa disputa que é jogada em dois turnos. Tanto que o PT concordou, por unanimidade, que topa fazer coligação no segundo turno com partidos que apoiam a presidenta Dilma", destacou.
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