Em relato durante as negociações para fechar um acordo de delação premiada, Léo Pinheiro, um dos sócios da OAS, disse que representantes de Marina Silva o procuraram pedindo contribuição para o caixa dois da campanha presidencial em 2010. Segundo a Folha de S.Paulo, o empresário falou que a então candidata não queria aparecer associada a empreiteiras.
Léo Pinheiro informou que a contribuição para a campanha foi solicitada por Guilherme Leal, sócio da Natura e um dos principais apoiadores de Marina, e Alfredo Sirkis, um dos coordenadores da campanha. A informação da delação do empresário foi divulgada pelo O Globo e confirmada pela Folha.
Marina Silva, hoje da Rede, foi candidata em 2010 pelo PV e terminou a disputa em 3º lugar. Para a Folha de S.Paulo, Leal, que era candidato a vice-presidente na chapa, informou que se reuniu com Pinheiro em 31 de maio de 2010 e que este foi levado até seu escritório, em São Paulo, por Sirkis.
Tanto Leal quanto Sirkis negam ter recebido contribuição ilegal. A reunião, conforme eles, ocorreu em maio de 2010, quando a campanha ainda não tinha começado. O PV do Rio de Janeiro recebeu uma doação legal da OAS.
Marina Silva também negou que tenha usado recurso de caixa dois em sua campanha. Para a Folha de S.Paulo, ela afirmou que apoia a Operação Lava-Jato e pediu que os procuradores investiguem os relatos de Léo Pinheiro.
De acordo com Sirkis, a OAS doou R$ 400 mil para o PV do Rio, que foi registrada na Justiça Federal. Como a doação foi ao partido, esse seria o motivo de não aparecer na prestação de contas da disputa de 2010. Ele disse ao jornal paulista que a verba foi usada na campanha presidencial no Estado do Rio e nas disputas de governador, deputado federal e estadual.
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