terça-feira, 14 de junho de 2016

Léo Pinheiro diz que Marina Silva não queria mostrar associação com empreiteiras

Em relato durante as negociações para fechar um acordo de delação premiada, Léo Pinheiro, um dos sócios da OAS, disse que representantes de Marina Silva o procuraram pedindo contribuição para o caixa dois da campanha presidencial em 2010. Segundo a Folha de S.Paulo, o empresário falou que a então candidata não queria aparecer associada a empreiteiras.

Léo Pinheiro informou que a contribuição para a campanha foi solicitada por Guilherme Leal, sócio da Natura e um dos principais apoiadores de Marina, e Alfredo Sirkis, um dos coordenadores da campanha. A informação da delação do empresário foi divulgada pelo O Globo e confirmada pela Folha. 

Marina Silva, hoje da Rede, foi candidata em 2010 pelo PV e terminou a disputa em 3º lugar. Para a Folha de S.Paulo, Leal, que era candidato a vice-presidente na chapa, informou que se reuniu com Pinheiro em 31 de maio de 2010 e que este foi levado até seu escritório, em São Paulo, por Sirkis. 

Tanto Leal quanto Sirkis negam ter recebido contribuição ilegal. A reunião, conforme eles, ocorreu em maio de 2010, quando a campanha ainda não tinha começado. O PV do Rio de Janeiro recebeu uma doação legal da OAS.

Marina Silva também negou que tenha usado recurso de caixa dois em sua campanha. Para a Folha de S.Paulo, ela afirmou que apoia a Operação Lava-Jato e pediu que os procuradores investiguem os relatos de Léo Pinheiro.

De acordo com Sirkis, a OAS doou R$ 400 mil para o PV do Rio, que foi registrada na Justiça Federal. Como a doação foi ao partido, esse seria o motivo de não aparecer na prestação de contas da disputa de 2010. Ele disse ao jornal paulista que a verba foi usada na campanha presidencial no Estado do Rio e nas disputas de governador, deputado federal e estadual.

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