domingo, 26 de junho de 2016

Dois dedos de prosa com Padre Reginaldo Manzotti

O sacerdote paranaense, que coordena a obra Evangelizar é Preciso, tem a missão de levar a palavra de Deus em todo o País por meio da música e dos meios de comunicação. São milhares de membros da obra Brasil afora. A relação do padre com Fortaleza é forte. Pároco do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR), padre Reginaldo gravou o DVD Milhões de Vozes - ao Vivo em Fortaleza, em 2011. Também na Capital, ele preside o evento “Evangelizar é Preciso” em Fortaleza, todo ano - e reúne mais de um milhão e meio de fiéis católicos no Aterro da Praia de Iracema. Em outubro, será a 9ª edição do evento. Segundo ele, foi a partir deste encontro, na Praia de Iracema, que o Brasil despertou para a obra. E, além de Curitiba, só Fortaleza tem uma filial da loja da obra: “Dada a importância que o Ceará tem pra mim”, constata o sacerdote. 

O POVO - Em outubro, Fortaleza sediará o 9º Evangelizar é Preciso, o senhor tem um DVD gravado em Fortaleza, há uma filial da loja da Obra Evangelizar aqui e o senhor vem sempre à capital cearense. Por que Fortaleza? Por que Ceará?
Padre Reginaldo Manzotti - Existem algumas coisas que só podem ser providência divina. São 10 anos da obra Evangelizar, acredite você, já estamos indo pro 9º “Evangelizar é Preciso”. Isso significa, que tão logo a obra começou, dois anos depois, porque estamos com 11 anos, nós começamos o Evangelizar. O “Evangelizar é Preciso” em Fortaleza praticamente foi o que despertou para o Brasil a obra Evangelizar é Preciso. O porquê? 
Os desígnios de Deus sabem. Sabem que o povo do Ceará é querido, é afetuoso, é fervoroso e é leal.

OP - O senhor lançou o DVD e CD “Alma missionária”, pelos seus 20 anos de sacerdócio. O que é ter uma alma missionária?
Padre Reginaldo - Alma missionária é uma alma inquieta. Uma obra inquieta é aquela que não se ilude com a satisfação no mundo. Papa Francisco tem falado muito no perigo da mundanidade, uma palavra muito recorrente. Uma alma inquieta não se alegra com essas coisas fúteis, ela quer mais. E, ao querer mais, encontrar mais, que é Deus, ela partilha com os outros. Uma alma inquieta é aquilo que nós acreditamos que todo cristão católico deveria ter - sede de justiça, sede de paz, sede de caridade, de misericórdia. Isso é uma alma inquieta.

OP - E como o senhor nutre essa inquietude? No seu programa, o senhor passa uma hora ouvindo problemas e dá uma orientação espiritual a cada pessoa. 
O senhor não somatiza esses problemas todos?
Padre Reginaldo - Existem dois tipos de paz. Nosso Senhor foi muito feliz quando Ele disse: “Dou-vos a minha paz. Não a paz que o mundo vos dá, mas a paz que Eu vos dou”. A paz do mundo é uma paz ausência de conflito ou, se ele existe, que seja de forma velada. A paz de Jesus, não. A paz de Jesus é uma paz que você pode ter passando as piores tribulações, é a paz de estar fazendo aquilo que é a vontade de Deus. É a paz da consciência, da obediência, do discipulado. Quando você pergunta como eu mantenho isso, eu mantenho na Eucaristia diária. Eu sou padre de missa diária, ali encontro a minha paz e a minha inquietude. Porque a paz de Jesus é uma paz inquieta.

OP - Qual é a diferença entre um artista e um padre que canta? O senhor não gosta desse rótulo de que o senhor faz show.
Padre Reginaldo - Eu não gosto, porque eu sou padre. Em um show, você vem apresentar um repertório musical. Eu venho apresentar músicas entre pregações. Há uma diferença. Segundo, a minha posição como artista seria eu cobrar cachê. Eu não cobro. Por quê? Porque eu estou dentro de uma ação evangelizadora, com a Igreja. Isso não se cobra, isso se oferece. Outro elemento: para mim, é muito importante começar um grande evento com uma missa. Então, isso vai caracterizando a que vim. Trazer forte a mensagem de Jesus Cristo. 
Eu sou apenas o mensageiro, Ele é a mensagem.

LEIA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA EM WWW.OPOVO.COM.BR
Por Daniela Nogueira
Editora de Opinião

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