sábado, 4 de junho de 2016

Ciro Gomes: “Temer é o testa de ferro do Eduardo Cunha!”



Ao ser entrevistado, nessa noite de sexta-feira(03) pela jornalista Mariana Godoy, na Redetv, o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes já começou o programa com “primeiramente, fora Temer!” E disse mais: “O PMDB é um ajuntamento de grupos estaduais que caracterizou-se mais recentemente como uma quadrilha. Tem muita gente boa, gente séria, mas os que tomaram conta do PMDB são uma quadrilha”, definiu Ciro. O político não poupou críticas ao atual governo e afirmou que “Temer é testa de ferro de Eduardo Cunha”.

Ciro afirmou que a aliança PT-PMDB resultou em “roubalheira”. O político disse que foi processado por Eduardo Cunha pois o chamou de “ladrão” e que foi processado por dano moral por Michel Temer: “Façam uma pesquisa da quantidade de medidas provisórias que ele, Temer, entregou para Cunha relatar”.

“Eu vou pensar mil vezes antes de ser candidato. Eu já fui candidato duas vezes e as coisas pioraram como tal que para um camarada como eu é praticamente inumana”, afirmou Ciro sobre sair candidato à presidência da República. “Começou a cair a máscara do golpe”, afirmou o político sobre os projetos do governo interino.
Com relação às decisões polêmicas e aos escândalos envolvendo o governo Temer, Ciro Gomes foi taxativo: “Começou a cair a máscara do golpe”. Ciro voltou a afirmar que há uma série de fatores que motivaram o processo de impeachment contra Dilma Rousseff que, apesar de estar fazendo um péssimo governo sob o ponto de vista dele, teria sido vítima de um golpe.

Ciro elencou uma série de fatores que, sob sua ótica, contribuíram para o afastamento da presidente. Como motivação política, ele citou a paralisação da Lava Jato, cujos áudios que circularam nos meios de comunicação nos últimos dias poderiam comprovar. Citou, também, motivos estratégicos, que obedeceriam à hegemonia dos interesses financeiros. E citou, por fim, interesses estrangeiros, que teriam em José Serra “a competência a serviço do mal”.

Para Ciro Gomes, Temer descumprirá os “acordos” que teria feito em troca do impeachment, inclusive com o empresariado: “vem aí CPMF, aumento da CIDE, tudo pra passar no nariz do Paulo Skaf”.

O político criticou a política de José Serra, ministro das Relações Exteriores, com parceiros importantes do Brasil, como a Venezuela. Ele garantiu que não apóia o que ocorre no país, mas reforçou que não se pode desprezar os negócios bilionários que temos com esse importante vizinho.

Sobre a presidente Dilma Rousseff, ele repetiu que ela vinha fazendo um péssimo governo, mas admitiu: “Eu quero que ela volte por uma razão: ela foi eleita pelo povo brasileiro”. E completou: “Eu não defendo nada fora da legalidade”.

Ciro garantiu que pedirá impeachment de Temer, pelos mesmos motivos do pedido feito contra Dilma, pois ao se referir às pedaladas foi enfático: “O Michel Temer fez todas iguais”.

Ao analisar os presidentes que completaram mandatos, Ciro afirmou: “A regra no Brasil é o golpe”. O político afirmou que não aceitou pensões pelos cargos ocupados e disse: “a única ferramenta que eu tenho é a minha língua”.

Ciro citou conquistas importantes do país sob os governos do PT e fez uma constatação: “O governo Dilma foi um desastre também de comunicação”. Em outra crítica ao partido de Dilma Rousseff, Ciro afirmou: “O grande problema do PT é imitar o PSDB”.

Ciro Gomes comentou a reforma da previdência e disse que, em breve, o assunto deverá ser discutido com a sociedade, mas reiterou que no momento é mentira que ela esteja em déficit. Para finalizar, o político afirmou que “hoje o povo é quem manda menos” no Brasil e deixou uma mensagem bastante pessimista à população brasileira: “tem coisa muito ruim pela frente ainda”.

((Site da Redetv)

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