Parados há 14 dias, os professores da Rede Estadual de Ensino do Ceará decidiram em assembleia, nesta quarta-feira (18), manter a greve da categoria. Cerca de 500 mil alunos estão sem aulas no Estado. O encontro aconteceu no Ginásio Poliesportivo da Parangaba, em Fortaleza, e reuniu cerca de 1.700 servidores da Educação.
A Greve Geral da Educação começou oficialmente no dia 25 de abril. O presidente do Sindicato APEOC, Anizio Melo, conduziu a assembleia e afirmou que a decisão da categoria é soberana. Ele incentivou a união dos professores para reforçar a mobilização no interior e capital.
A pauta da categoria abrange: condições estruturais das escolas, manutenção de espaços e programas pedagógicos, a liberação de processos funcionais e, principalmente, ao reajuste geral da categoria de 12,67%.
Desde o início da greve, já foram realizadas três rodadas de negociação com o Governo do Estado. O Executivo sinalizou o atendimento de boa parte da pauta dos professores e estudantes mas não avançou na negociação do reajuste geral, que só deve ser anunciado no dia 06 de junho. A data-base dos servidores estaduais é 1° de janeiro.
A paralisação dos professores foi considerada ilegal pela Justiça e os efeitos da decisão do desembargador Durval Aires estão valendo desde a última segunda-feira (16), com cobrança de multa de R$ 3 mil/dia ao Sindicato APEOC e aplicação de falta aos professores. O Sindicato APEOC entrou com recurso para tentar cassar a liminar do magistrado no dia 12 de maio.
Com Apeoc e Governo do Ceará
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