Paulo Henrique Lustosa tratou com naturalidade o assunto ao ser questionado pelo jornal O Estado. |
O Partido Progressista do Ceará deve indicar um nome para assumir o posto de diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão subordinado ao Ministério da Integração Nacional. A pasta, inclusive, é da cota do partido. Ontem, o atual diretor do órgão, Walter Gomes de Sousa, teve sua exoneração publicada no Diário Oficial.
Nos bastidores, cearenses ligados ao Partido Progressista foram informados de que o próximo diretor geral do Dnocs seria uma pessoa a ser apontada pela legenda. Embora a direção nacional do partido não confirme publicamente sua adesão ao projeto de rejeição ao impeachment da presidente Dilma passa pela cessão de mais espaço no Governo. No início do ano passado, a legenda chegou a buscar nomes para ocupar o cargo. À epoca, o nome mais cotado para o cargo era do deputado federal Paulo Henrique Lustosa. Paulo contava com a simpatia do líder do Governo na Câmara Federal, José Nobre Guimarães, e do próprio governador Camilo Santana (PT). Entretanto, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, e o ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, ganharam, naquele momento, a queda de braços na disputa pelo comando do (Dnocs).
Paulo Henrique Lustosa tratou com naturalidade o assunto ao ser questionado pelo jornal O Estado. “Desde janeiro do ano passado, há um compromisso de que a indicação seria do PP do Ceará. Se vier a indicação, o PP receberá com naturalidade”, frisou o parlamentar, acrescentando que não tomou conhecimento sobre articulações neste sentido.
Exoneração
Walter Sousa era indicado pelo PMDB. Dilma fez os cortes depois que o partido decidiu desembarcar da base do governo – posicionamento aprovado por aclamação e aos gritos de “Temer presidente” na última terça-feira na Câmara dos Deputados. O cargo no Dnocs foi uma indicação de Henrique Eduardo Alves, que deixou o Ministério do Turismo após o desembarque do PMDB. À imprensa, Walter deixou transparecer “surpresa” à exoneração e classificou como “natural”. “Faz parte: a pessoa é nomeada um dia, exonerada no outro. Não estou atrás de justificativa. Sinto muito de ter saído, agradeço ao tempo que fiquei”, afirmou, ressaltando não possuir relações com políticos.
Desde os últimos dias, diante da então iminente saída do PMDB da base, integrantes da alta cúpula do governo Dilma passaram a agir junto a partidos da base aliada a fim de evitar o chamado “efeito dominó”, causando o rompimento de mais partidos com o Palácio do Planalto.
Integrantes do Governo buscam manter o apoio de partidos como PR e PSD, por meio da nomeação para cargos e ministérios, além de liberação de emendas parlamentares individuais.
Saiba mais
No Ceará, órgãos comandados por liderados do senador Eunício Oliveira, como o Banco do Nordeste do Brasil e a Companhia Docas do Ceará ainda continuam sem alteração no comando.
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