O deputado federal Domingos Neto (PSD) fez pronunciamento na Câmara Federal e se posicionou contra ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Embora reconhecendo a perda de credibilidade da presidente, que credita a equívocos na economia e, principalmente, a posturas e atividades condenáveis de corrupção de membros do PT, responsabilizou a crise política ao presidencialismo de coalizão, submetido e rendido às parcerias partidárias e políticas sem base ideológica ou programática, firmadas sob a liderança de figuras notoriamente repetidas, que atuam em todos os governos com a idêntica marca: “toma lá, dá cá”.
Domingos Neto disse não aceitar que políticos, parceiros do governo, ocupando cargos estratégicos na administração e figurando nas mesmas investigações em curso de desvios de recursos públicos, se apresentem agora como “salvadores da pátria tentando dissociar suas imagens de cúmplices destas circunstâncias atuais e utilizarem-se do instrumento constitucional do impeachment para condenar uma presidente de cujo governo eles próprios foram patronos, ora como protagonistas, ora como coadjuvantes, até dias atrás”.
Lembrando que defendeu o instituto do recall na minirreforma eleitoral, o parlamentar considerou um precedente perigoso cassar o mandato, de quem foi legitimamente eleito, em razão de falta de apoio congressual ou de queda na popularidade. “Voto contra o impeachment pela absoluta ausência de crime de responsabilidade efetivamente comprovado e por não existir, até o momento, nenhum processo penal instaurado que sequer sugira a participação ou o cometimento de crime cometido pela senhora Dilma Rousseff”. Domingos Neto apresentou 6 propostas que passará a defender a partir de hoje, entre elas a realização de um plebiscito popular para decidir sobre eleições extraordinárias para o Executivo federal.
(Com Agência Câmara)
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