Integrantes da cúpula da bancada de deputados federais do PT afirmaram no início da noite de ontem que o ex-presidente Lula aceitou ser ministro de Dilma Rousseff. O ex-presidente é esperado hoje em Brasília para se reunir com Dilma. A notícia foi anunciada com euforia no gabinete da liderança do PT na Câmara. Os deputados, porém, só falaram na condição de terem os nomes mantidos em sigilo.
Entre outros deputados, estavam reunidos no gabinete o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), o líder da bancada, Afonso Florence (BA), e Paulo Pimenta (RS). A pressão para Lula assumir um ministério cresceu após a manifestação recorde contra ele e Dilma neste domingo (13). Caso entre no ministério, que pode ser a Casa Civil, segundo deputados do PT, Lula ganha foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal.
O presidente do PT, Rui Falcão, e o deputado Paulo Teixeira defenderam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceite o convite para assumir um ministério no governo Dilma Rousseff. Após uma reunião que consumiu quase três horas no Instituto Lula, os dois defenderam publicamente a nomeação. “Continuo defendendo que ele deva ir, independentemente da manifestação. É uma decisão difícil, tem de ser muito pensada”, disse Falcão.
Por perto
Embora negue que a manifestação de domingo (13) reforce os argumentos para que o ex-presidente assuma um ministério, Teixeira também defendeu sua nomeação, afirmando ser “sempre bom ter Lula por perto”. Após a reunião com Lula, Falcão classificou o protesto de domingo como “uma manifestação de rejeição à política e de combate à corrupção”.
Ao comentar o “aviso prévio” do PMDB, Falcão limitou-se a dizer: “mas continua no governo”. Também à saída do instituto, Paulo Teixeira repetiu que o impeachment não tem amparo legal. O deputado reconheceu que a manifestação foi “expressiva”, mas ressaltou: “da mesma maneira que teve contra Dilma, haverá favoráveis”.
Fonte: O Estado
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