Maria Bethânia é a grande homenageada pela escola de samba (Foto: Alexandre Durão/G1) |
A Estação Primeira de Mangueira se consagrou campeã do Carnaval 2016 no Rio de Janeiro, com 269,8 pontos, conquistando seu 18º título após apuração das notas realizada nesta quarta-feira (10), na praça da Apoteose. Em uma disputa acirrada, decidida por um décimo, a Unidos da Tijuca ficou com o vice-campeonato.
Com apenas 265 pontos, a Estácio de Sá foi rebaixada para o grupo de acesso do Carnaval carioca.
A Mangueira encerrou a segunda noite de desfiles, já na madrugada de terça, homenageando a carreira da cantora Maria Bethânia, com o enredo "Maria Bethânia, a Menina dos Olhos de Oyá".
Após a apuração, Chiquinho da Mangueira, presidente da escola comemorou a volta ao desfile das campeãs. "A Mangueira merece estar sempre aqui entre as campeãs, porque sem a Mangueira o Carnaval não é o mesmo". Ele também disse que "sabia que seria uma disputa acirrada". "Qualquer uma que fosse campeã, seria merecido. Foi o Carnaval mais disputado dos últimos 20 anos, na minha opinião", afirmou. "Eu acho que a Mangueira juntou o que precisava juntar, que é a juventude com a tradição, respeitando o que a escola tem de mais importante, que é a sua comunidade", explicou. Neste ano, a escola trouxe um carnavalesco estreante e coreógrafos da comissão de frente e do casal de mestre-sala e porta-bandeira com pouca experiência no Carnaval.
A rainha da bateria Evelyn Bastos creditou a vitória "à comunidade, que esteve com a gente o tempo inteiro, fez ensaios maravilhosos e fez um honroso desfile", e à cantora Maria Bethânia. "A Bethânia é uma grande força. E dessas duas grandes forças unidas saiu a grande campeã do Carnaval carioca".
No fim do desfile, o carnavalesco Leandro Vieira havia afirmado que "foi um desfilaço". Já na comemoração, na quadra da escola --lotada, com gritos de "A campeã voltou!" e ao som dos sambas deste e de outros anos--, ele contou que ficou em casa ouvindo um disco da Bethânia durante a apuração. "Eu sou um carnavalesco novato, não tenho experiência com apuração. Fiquei com medo de morrer", disse ele, que foi avisado do título pelos gritos da mulher, a porta-bandeira Squel.
Giselle de Almeida e Marcela Ribeiro
Do UOL, no Rio
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