terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Filme sobre a vida de Allan Kardec é anunciado para 2017

Tony Ramos foi convidado para viver Kardec no cinema
A biografia do escritor, educador e tradutor francês, tido como o grande codificador do espiritismo do século XIX, surge associada a projetos de proporções e ambições distintas, que começam a chegar ao circuito já em 2014. A mais visível delas é “Kardec — O filme” (título provisório), adaptação do livro “Kardec — A biografia”, de Marcel Souto Maior, com produção da Conspiração Filmes e direção de Wagner Assis, o mesmo de “Nosso lar” (2010), drama sobre encarnação e evolução espiritual que arrastou mais de 4 milhões de brasileiros aos cinemas. Há ainda o ensaio poético experimental “Je suis Kardec”, de Ricardo Carvalho, já pronto, e “Liberté”, em fase de pré-produção, com direção do francês Karim Soumaïla e produção do brasileiro Ricardo Rihan, da Lighthouse, a mesma de “As mães de Chico Xavier”.

— Estamos vivendo o momento do Kardec. As iniciativas que estão surgindo em torno do nome dele são complementares, darão visibilidade à obra dele, assim como os filmes relacionados ao trabalho de Chico Xavier — avisa Rihan, que negocia uma parceria com produtoras francesas. — Nosso documentário tem um viés investigativo, tem o objetivo de procurar respostas para entender por que Kardec é desconhecido na França e muito estudado e seguido no Brasil. Cerca de 40% do filme serão rodados na França. Uma parceira francesa garante exibição em canais comerciais por lá.


Cinebiografia clássica

A versão desenvolvida por Assis, em parceria com o roteirista L. G. Bayão, se aproxima mais da cinebiografia clássica. “Kardec — O filme”, no entanto, não pretende cobrir toda a trajetória do cientista francês, mas deve se deter ao período em que Hippolyte Léon Denizard deixou de ser um mero professor da cidade de Lyon, no meio da França, e adotou o pseudônimo famoso, sugerido por um dos espíritos que recebia e o orientava em suas pesquisas nesse campo.
— Nosso filme é um recorte da vida dele. Vamos nos concentrar na transformação do homem comum no maior estudioso do tema no século XIX — explica Assis, que convidou, mas ainda não recebeu uma confirmação do ator Tony Ramos para viver o protagonista. — Já temos dois ou três distribuidores interessados no projeto, o que é bastante atípico em se tratando do mercado brasileiro. É mais uma prova do interesse pelo tema e da popularidade do Kardec.

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