segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Brasil é o 7º país mais perigoso para jornalistas, diz ONG

Um estudo da organização não governamental Press Emblem Campaign (PEC), entidade com sede em Genebra, na Suíça, aponta que não houve evolução na proteção a jornalistas no ano de 2015 e que o Brasil continua sendo um dos países mais perigosos para os profissionais de imprensa, empatado com Índia, Sudão do Sul e Iêmen.

De acordo com o levantamento, 128 jornalistas foram assassinados neste ano em 31 países. A ONG contabilizou sete assassinatos de profissionais de imprensa no Brasil neste ano, o que o coloca na sétima posição entre os mais perigosos para a profissão.

A ONG começou o balanço em 2006. Desde então, já contabilizou 1.177 jornalistas assassinados. Apenas nos últimos cinco anos, conta 35 mortes no Brasil –média de sete por ano.

A lista de 2015 é liderada pela Síria pelo quinto ano consecutivo, com 11 jornalistas assassinados, e por México e Iraque (10 mortes). Com os ataques ao seminário “Charlie Hebdo”, a França ocupa o terceiro lugar, com oito assassinatos, ao lado de Líbia e Filipinas.

“2015 foi outro ano terrível para jornalistas. Começou com a matança no ‘Charlie Hedbo’ em Paris e a execução, pelo Estado Islâmico, do jornalista japonês Kenji Goto na Siria”, disse o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen.

“A violência contra os jornalistas não diminuiu. É revelador o fato de que os últimos quatro anos têm sido os mais mortíferos da década”, disse, em nota.

Ainda segundo a PEC, as principais causas de mortes de jornalistas foram os conflitos armados em países do Oriente Médio, a violência em países da América Latina e ataques terroristas.

RANKING

Também compõem o ranking Paquistão e Somália (seis vítimas cada), Honduras (cinco mortos), Reino Unido e Ucrânia (quatro), Guatemala (três), Afeganistão e Estados Unidos, com duas mortes cada -no caso dos EUA, as duas mortes ocorreram durante uma transmissão de TV ao vivo.
Tiveram um assassinato registrado Arábia Saudita, Azerbaijão, Bangladesh, Burundi, Gaza, Gana, Indonésia, Quênia, Moçambique, Paraguai, Polônia, República Dominicana e a República Democrática do Congo.

Com 38 assassinatos de jornalistas, o Oriente Médio continua que apresenta o maior risco para os profissionais, seguido por América Latina (31 mortos) e Ásia (26).

“O balanço da Europa nunca tinha sido tão pesado nos últimos dez anos, com 13 vítimas”, informa a PEC.

Fonte: Folhapress

Nenhum comentário:

Postar um comentário