terça-feira, 24 de novembro de 2015

Número de casos de dengue no Brasil aumentou 176% em relação a 2014

Com mais de 1,5 milhões de casos prováveis de dengue até a 45ª semana epidemiológica, 2015 supera o número de casos para o mesmo período nos últimos dois anos no Brasil. Os dados foram apresentados em entrevista coletiva pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, na manhã desta terça-feira, 24, em Brasília. Em 2013, o País teve 1,4 milhões de casos, enquanto o registro de 2014 foi de 555,4 mil casos - todos entre a primeira e a 45ª semana dos boletins semanais. 

Os números são preocupantes e trazem uma mensagem de guerra ao mosquito Aedes aegypti, também transmissor da chikungunya e do zika vírus. Ainda não há correlação comprovada entre casos de zika e os nascimento de bebês com microcefalia registrados em números alarmantes no Nordeste. No entanto, o ministro externou a preocupação em proteger a população da nova epidemia e fornecer alternativas de combate ao mosquito. 

O número de casos graves em 2015 mais do que dobraram em relação ao ano passado. O total de 1.488 é 104% maior do que o número registrado em 2014, de 728 casos graves. Houve também aumento de 79% para os óbitos causados pela doença em 2015. Já são 811 mortes contra as 453 do mesmo período em 2014. 

Situação de risco
Oito cidades do Ceará apresentam situação de risco para surto de dengue, chikungunya e zika. Os municípios citados no Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa 2015) tiveram mais de 4% das casas visitadas com larvas do mosquito. No Estado, 35 municípios enviaram dados ao estudo. Com índice de 0,9%, Fortaleza aparece entre as dez capitais brasileiras com situação satisfatória. Os dados também foram apresentados hoje pelo Ministério da Saúde. 

As oito cidades do Ceará em situação de risco, com índices acima de 4%, são: 
Baturité: 6,3%
Canindé: 10,5%
Coreaú: 7,4%
Ipaumirim: 4%
Massapê: 6,9%
Parambu: 4,6%
Tauá: 12,9%
Viçosa do Ceará: 11%

Nove cidades aparecem na classificação de risco médio, com índices entre 1% e 3,9% das casas com larvas do mosquito: 
Caucaia: 2,9%
Cedro: 2,1%
Guaiuba: 2,5%
Horizonte: 2,7%
Itapipoca: 1,4%
Maranguape: 1,8%
Pacatuba: 2%
Pires Ferreira: 1,9%
São Benedito: 2,2%

Os demais municípios que enviaram dados ao levantamento aparecem com situação satisfatória, com índices abaixo de 1%. Confira as 18 cidades: 
Alcântaras: 0,4%
Croatá: 0%
Forquilha: 0%
Fortaleza: 0,9%
Graça: 0,4%
Groaíras: 0%
Ibiapina: 0%
Icó: 0,7%
Iguatu: 0,5%
Lavras da Mangabeira: 0%
Limoeiro do Norte: 0,9%
Morada Nova: 0%
Orós: 0,4%
Santana do Acaraú: 0%
Santa Quitéria: 0,8%
Sobral: 0,3%
Tianguá: 0,7%
Ubajara: 0%

Os dados foram colhidos em visitas dos agentes de endemias aos domicílios de 1.792 municípios brasileiros em outubro e novembro de 2015. Deste total, 199 cidades apresentaram situação de risco. Na Região Nordeste, a prevalência dos focos de infestação do mosquito é no armazenamento de água nas casas, como em cisternas.

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