Angélica Felske Gabriel (PT) |
A atitude de uma vereadora que decidiu devolver aos cofres públicos o dinheiro que sobrou de uma viagem provocou polêmica no pequeno município de São Pedro do Sul, a cerca de 350 quilômetros de Porto Alegre. Tudo isso porque a prática não é considerada comum pelos vereadores da cidade.
No fim de março, Angélica Felske Gabriel (PT) viajou a Porto Alegre para uma reunião na Assembleia Legislativa. A viagem foi paga pela Câmara de Vereadores de São Pedro do Sul com dinheiro público.
A vereadora recebeu R$ 327 de diária, mais R$ 140 para as passagens de ida e volta de ônibus, além de R$ 40 para despesas com táxi. “O hotel custou R$ 100 a pernoite, eu fiz mais um lanche e um almoço. Sobraram R$ 206 que eu quis devolver, não só quis como devolvi”, explicou.
O gesto, que deveria ser obrigatório para qualquer pessoa que lida com dinheiro público, provocou polêmica na Câmara de Vereadores de São Pedro do Sul. Simplesmente porque não é comum os vereadores da cidade devolverem o que sobrou.
A presidente da Câmara, Ziânia Maria Bolzan (PTB), explica que os vereadores só são obrigados a explicar os gastos com transporte. Os outros, como alimentação e hospedagem, não precisam ser comprovados. “Se o vereador achar que sobrou R$ 5 e que deve ser devolvido, fica a cargo da consciência do vereador”, explica a presidente.
Nas ruas da cidade, a opinião de quem paga o salário dos vereadores é diferente. “Tem que devolver, sim, aplicar naa saúde e qualquer outra situação”, afirma o agricultor Ivo Ludke. “Tem que ser investido na saúde, na educação das crianças, transportes”, completa a também agricultora Medianeira Fonseca.
Por casa da polêmica, a Câmara de São Pedro do Sul decidiu rever a posição inicial. O Legislativo municipal disse que vai votar uma proposta para que os vereadores, cada vez voltarem de uma viagem, sejam obrigados a esclarecer todos os gastos.
Do G1 RS
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