Reunião do Conselho ocorreu pela manhã desta quinta-feira, 23 |
O Conselho de Ética do PMDB do Ceará se reuniu, nesta quinta-feira, 23, e decidiu expulsar o vereador Carlos Mesquita dos quadros do partido. O vereador, que teria cometido infidelidade partidária ao apoiar Camilo Santana (PT) na eleição passada, terá seu mandato cobrado pela sigla. Mesquita ainda pode recorrer ao PMDB nacional em Brasília.
A expulsão do parlamentar foi aprovada em relatório apresentado pelo advogado Fernando Férrer. No texto, é destacado que, no dia do 1º turno da eleição de 2015, Mesquita foi detido em um veículo portando diversos materiais de Camilo Santana (PT), Ivo Gomes (Pros), Mauro Filho (Pros) “e outros, todos candidatos contrários a candidatura do PMDB”.
Na eleição passada, o partido apoiou Eunício Oliveira (PMDB) para o governo do Estado. “O representado (Mesquita), em seu depoimento pessoal, demonstrou ardilosidade infantil, quando indagado sobre quem teria apoiado para governador, chegando ao absurdo de zombar da inteligência alheia ao perguntar do que se trata ‘apoio’”, diz o relatório.
Infieis
Mesquita tem agora até cinco dias para recorrer da decisão na direção nacional do PMDB, em Brasília. A instância superior, no entanto, tem como um de seus principais diretores o próprio Eunício. Na pauta do Conselho de Ética, estão ainda outros “infieis” na eleição passada, como o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB).
Mesquita reage
Em contato com o Blog do Eliomar, o vereador Carlos Mesquita lamentou a decisão do Conselho de Etica, observando que não há provas apontado para uma possível infidelidade sua na campanha de 2014.
Mesmo assim, ele se disse “aliviado” de toda essa situação, pois se define como vítima da perseguição dos “coronéis” do PMDB, no caso o senador Eunício Oliveira e o presidente interino do PMDB e vice-prefeito de Fortaleza, Gaudêncio Lucena.
Mesquita disse que vai procurar outra legenda, mas lamentou também a forma como foi tratado. “A prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar, deixou o PMDB e nem por isso o partido questionou ou disse que ia buscar o mandato”, desabafou. Lembrou que na campanha para deputado estadual até o número que escolhera para a disputa lhe foi tomado e dado para o hoje deputado estadual Audic Mota.
Carlos Mesquita reiterou que vai procurar outro partido. Mas não quis adiantar nomes. Definiu o PMDB sob comando de Eunício como uma ditadura e até ironizou: “O presidente do Conselho de Ética é ligado a Eunício e o relator do parecer – Fernando Férrer, é advogado das empresas dele”.
Redação O POVO Online
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