Afastado do cargo por 180 dias, o prefeito de Juazeiro do Norte (CE), Raimundo Macedo (PMDB), foi à Justiça para tentar voltar ao comando do Executivo municipal, mas teve seu pedido de Liminar negado.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará, que recomendou o afastamento, “Raimundão” é acusado de superfaturar valores da desapropriação e da permuta, levada a cabo pelo Município, de um terreno avaliado em quase R$ 11 milhões, o que, para a Promotoria, caracteriza desvio de recursos públicos.
Conforme as investigações, o imóvel localizado no sítio Boca das Cobras (área total de 366.525,44 m²) foi comprado formalmente pela empresa AC Imóveis por R$ 10.955.763,00 em abril de 2014. No entanto, ficou constatado que o imóvel fora vendido no ano anterior pela quantia de R$ 2.350.000,00, conforme depoimentos dos antigos proprietários.
As investigações indicam que entre os beneficiados com a negociação fraudulenta estão Marnewton Tadeu Pinheiro (R$ 840.000,00), Mauro Macedo (filho do prefeito, R$ 150.000,00), Shopping Center Juazeiro (empreendimento em construção da Família do prefeito, R$ 150.000,00), Flex Editora (fornecedora do Município, R$ 100.000,00), além de outras pessoas ligadas aos promovidos.
VACÂNCIA
Na última quinta-feira, após horas de indefinição, o vice-prefeito de Juazeiro do Norte, Luiz Ivan Bezerra de Menezes, tomou posse do Governo Municipal, em sessão da Câmara de Vereadores. Em discurso, ele prometeu que Raimundão “encontrará a casa em ordem”, já prevendo a volta do gestor afastado.
Durante o evento, alguns vereadores, que também torciam pela volta quase imediata de Raimundo Macedo ao poder, questionaram a necessidade da transição do cargo, dando como certo que o citado pedido de liminar seria deferido pelo Judiciário.
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