segunda-feira, 13 de abril de 2015

Manifestações perdem força em todo o País

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Os protestos reuniram, ontem, manifestantes em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, entre outras cidades do País. Empunhados das mesmas bandeiras de quase um mês atrás, milhares de pessoas que vestiam camiseta oficial da seleção brasileira de futebol e pintavam o rosto de verde e amarelo pediam o impeachment de Dilma e o fim da corrupção.

Entre os gritos contra Dilma, o ex-presidente Lula e o PT, lideranças do MBL (Movimento Brasil Livre) e do Vem Pra Rua, dois dos principais organizadores dos atos pelo País, fizeram discursos críticos à oposição e cobraram de Aécio uma postura mais atuante e efetiva em favor do impeachment.

Os senadores tucanos Aloysio Nunes (SP) e José Serra (SP) também foram cobrados para que seja instaurado no Congresso um processo de impeachment contra a presidente, assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Todos eles se declaram contra o impeachment de Dilma.


Kim Kataguiri, coordenador nacional do MBL, disse que a oposição não pode continuar com “uma postura frouxa”. Já Renan Santos, outra liderança do MBL, criticou Aécio nominalmente e disse que o tucano “sumiu” nas últimas semanas.

Aécio tem divulgado vídeos em suas redes sociais para fazer convocação aos protestos mas não compareceu a nenhuma das manifestações.

Em cima do caminhão do Vem Pra Rua, Rogério Chequer discursava. “Exigimos mais oposição, investigação e punição. Fora Dilma, fora Lula e fora PT”, resumiu o líder do movimento, bastante aplaudido.

No último protesto anti-Dilma, em 15 de março, as críticas à oposição foram inibidas pela presença de diversos tucanos na manifestação em São Paulo. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e os secretários do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Edson Aparecido (Casa Civil) e Floriano Pesaro (Desenvolvimento Social), estavam entre os que compareceram à avenida Paulista.

Na ocasião, nenhum deles discursou, impedidos pelos movimentos que se dizem apartidários. Os deputados Paulinho da Força (SD-SP), Roberto Freire (PPS-SP), Jair Bolsonaro (PP-RJ) e seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSC-RJ), que já compareceu armado a um dos protestos de oposição ao governo federal, eram os políticos presentes.

Próximos passos

Durante a manifestação, o MBL anunciou a organização de uma marcha a Brasília que terá início na próxima sexta-feira (17), com saída da Praça Pan-americana, zona oeste de São Paulo. A meta é chegar à capital federal em 20 de maio e fazer uma grande manifestação, diz Kataguiri. Já Rogério Chequer, do Vem Pra Rua, diz que representantes de 50 movimentos anti-PT vão a Brasília, na quarta-feira (15), para pedir uma pauta das ruas para o Congresso.

Nas redes

No dia em que milhares de manifestantes vão às ruas do País para protestar contra o governo Dilma Rousseff (PT), petistas mobilizam internautas em um “tuitaço” a favor da presidente.

A hashtag “#AceitaDilmaVez” entrou nos trending topics --assuntos mais comentados do momento-- do Twitter no Brasil e chegou a ser a mais compartilhada da rede social.

A página oficial do PT no site pediu que os seguidores participassem da campanha. Cerca de 65 mil usuários publicaram a mensagem até as 16h50.

Em resposta, adeptos do movimento contrário à presidente criaram a hashtag “#SaiDilmaVez”, postada por 16 mil internautas.

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