Lateral-direito Samuel Xavier disputa bola com o adversário em lance ontem, na Arena Castelão; time alvinegro agora joga por um empate com gols para se garantir pela segunda vez consecutiva na decisão da Copa do Nordeste
FOTO: KID JÚNIOR
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Se nas prévias para o primeiro duelo entre Ceará e Vitória pela semifinal da Copa do Nordeste, imaginava-se um equilíbrio, tudo se confirmou na partida de ontem à noite, no Castelão. Alvinegros e rubro-negros fizeram uma partida muito disputada e ficaram em um empate sem gols, deixando tudo em aberto para o segundo jogo, no sábado, no Barradão, em Salvador.
O resultado pode ser visto por duas vertentes pelo torcedor do Ceará: ruim por não ter vencido em casa e aberto uma vantagem, e bom, se for levado em conta que qualquer empate com gols classifica o Vovô, mesmo se o placar de ontem for repetido, a decisão da vaga irá para as cobranças de pênaltis.
Antes da partida o técnico do Ceará, Silas Pereira, ressaltou que o confronto seria decidido no somatório dos dois jogos, confiando na forma de jogar de sua equipe, com a mesma postura, seja dentro ou fora de casa.
Com esta tônica, o primeiro tempo do jogo foi mais estudado, brigado, do que precisamente jogado. Os dois times se mostraram bem postados na defesa e cedendo poucos espaços para os adversários.
Pela dificuldade de furar a defesa da equipe baiana, o Ceará tocava a bola com paciência, mas era forçado a arriscar de longe: Ricardinho e Fernandinho tentaram mais de uma vez, só que a pontaria estava 'descalibrada'. Já o Vitória, era sempre perigoso em suas investidas, mas a defensa do Vovô conseguiu se sair bem quando preciso.
Pressão
Se na etapa inicial as chances foram raras, no segundo tempo o Ceará criou mais, realizando um toque de bola mais objetivo. As trocas de passes aconteciam e as chances foram criadas, mas o gol insistia em não sair: a melhor oportunidade surgiu aos 24min, em finalização de Magno Alves que Fernando Miguel defendeu.
A pressão do Vovô se intensificou, após a expulsão de Mansur, com a equipe deixando a cautela de lado, mas o Vitória se defendeu bem e ainda foi perigoso nos contra-ataques, perdendo a última chance com Escudero.
Após o apito final, a torcida alvinegra não assimilou bem o resultado e vaiou a equipe.
Vovô errou nas finalizações
O empate por 0 a 0 com o Vitória foi lamentado pelos jogadores do Ceará. Os alvinegros, por terem criados mais chances, acreditavam que poderiam ter saído do Castelão com o resultado positivo. Por outro lado, o discurso de que nada está decidido foi o mote para o meia Ricardinho.
"Tivemos várias chances de finalização. O Magno Alves teve, eu tive algumas. Faltou a gente caprichar um pouco mais. E na vez que a gente acertou, o goleiro deles defendeu. Não demos chance para o Vitória. A não ser num lance deles no final. A nossa equipe se comportou bem, não era o que a gente queria, o que vale é bola na rede. Mas não tem nada decidido. E vamos a Salvador para tentar a vaga. Eles não tem o empate como vantagem", lembrou o camisa 8, sobre a possibilidade da igualdade com gols dar a vaga ao Vovô, e a repetição do placar a disputa ir para as cobranças de pênalti.
O atacante Magno Alves foi mais incisivo e lembrou que o time não sofreu gol. "Procuramos a cada momento o resultado. Infelizmente, nós não conseguimos. Não me lembro de um jogo em que passamos em branco. Isso dificulta, é verdade. Mas não levamos gol. Agora, é fazer a nossa parte, lá em Salvador", afirmou Magnata.
Já o atacante Marinho crê que no Barradão, o Ceará tem total chances de sair com a classificação para a final da Copa do Nordeste. "Do mesmo jeito que eles vieram jogar por uma bola, nós também podemos fazer isso lá e conseguir o gol da nossa vaga na decisão", analisou.
Vladimir Marques
Repórter
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