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Após enfrentar o frio da Rússia, atuar em cinco países
diferentes, e vestir a camisa da Seleção Brasileira em três níveis, Dudu
Cearense enfrenta o grande desafio de tentar ser campeão pelo Fortaleza
e tirar o time da Série C nacional
FOTO: JL ROSA
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Imprimir um bom futebol e uma mentalidade vencedora. É a missão que o
volante Dudu Cearense, de 31 anos, entende que poderá desenvolver no
Fortaleza, seu novo clube. O atleta surgido no projeto da Vila Manoel
Sátiro e que depois ganhou o mundo, vestindo a camisa da Seleção
Brasileira em três níveis, agora é a 15ª contratação do Leão em 2015.
No ano de 2002, Dudu foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-20; De
2003 em diante, integrou a Seleção Brasileira Sub-23, e em 2007 a
principal. Só não disputou a Copa América daquele ano porque se lesionou
e teve que ser desconvocado, o mesmo acontecendo com a Seleção de 2010.
Dudu já atuou por clubes de cinco países diferentes, construindo uma
base sólida no CSKA de Moscou, pelo qual tem sete títulos europeus.
Base no futsal
O cabeça-de-área lembrou que o início de sua carreira foi no futsal,
jogando pelo BNB e AABB, onde conheceu o atual diretor de futebol do
Leão, Marcelo Paz, principal mentor de sua contratação para o Tricolor
do Pici.
Fez testes no Ceará Sporting para entrar no Sub-15, ao qual ficou
ligado. Observado por um "olheiro" (observador e descobridor de
talentos) do Vitória, foi levado para Salvador e de lá foi para o
Kashiwa Reysol/JAP, Rennes/FRA e depois CSKA de Moscou. "Quando cheguei
no CSKA para treinar e vi aquela cidade coberta de gelo, o campo sujo de
neve e aquele frio de rachar, pedi para ir embora. Mas, fui convencido a
permanecer, até que vieram os títulos", disse o atleta.
Cobrança
Mesmo com o bom futebol do qual é possuidor, Dudu Cearense foi
questionado sobre a pressão da torcida do Leão por conquistas e acessos
de divisão.
"A cobrança tem que existir, mas tem que haver primeiro o voto de
confiança da torcida. Ela tem que lutar conosco e se houver a sintonia
entre jogadores e torcida, poderemos conseguir muita coisa. Quero
colaborar com uma mentalidade vencedora. Se for possível, vou dar minha
opinião para crescer", disse.
O cearense Dudu teve o privilégio de conviver com várias culturas ao
longo da carreira. Na última delas, em 2014 no Maccabi Netanya, de
Israel, uma zona de conflito, que o fez estar no cenário de guerra. Por
essa razão, Alexandro Silva de Sousa, o Dudu Cearense, não opina sobre
fundamentalismo religioso. "Envolve muitas coisas", justifica.
Sempre viajava em aviões equipados para escapar de mísseis, que ele
sabia que caíam nos arredores da cidade. "Foi um momento tenso, mas deu
para superar e agora quero ficar perto da minha família", contou.
Ivan Bezerra
Repórter
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