O papa Francisco foi um dos principais intermediários do diálogo entre EUA e Cuba.
O papa conversou com o presidente americano Barack Obama no Vaticano
em março passado sobre a normalização das relações entre os dois países
e ainda mandou cartas pedindo a liberação dos presos cubanos nos EUA e
do americano Alan Gross em Cuba.
"Quero agradecer particularmente à Sua Santidade, o papa Francisco, por
demonstrar com seu exemplo moral, a importância de se lutar por um
mundo como ele deveria ser, não como ele é", disse Obama em
pronunciamento nesta quarta (17).
O ditador cubano, Raúl Castro, também agradeceu "as gestões do Vaticano, especialmente do papa Francisco", em pronunciamento na TV estatal cubana.
O papa Francisco expressou nesta quarta-feira uma "viva satisfação" pela decisão histórica dos governos de Cuba e Estados Unidos de avançarem rumo à normalização de suas relações diplomáticas.
Segundo um comunicado da Secretaria de Estado do Vaticano, o pontífice
elogiou a reaproximação entre os dois países, "com o objetivo de
superar, em nome do interesse de seus respectivos cidadãos, as
dificuldades que marcaram suas histórias recentes".
Segundo fontes da Casa Branca, as negociações começaram em junho de
2013. Foram feitas diversas reuniões entre delegações de EUA e Cuba no
Canadá, e o último encontro foi no Vaticano.
Na mesma conversa da Casa Branca com jornalistas, um assessor
presidencial revelou que várias medidas nos últimos anos já indicavam
uma maior abertura do governo Obama em relação a Cuba, mas a prisão de
Gross era um "impedimento" para maior diálogo.
A partir de sua libertação, ocorrida esta manhã, o governo americano
decidiu reatar relações diplomáticas com Cuba e reabrir embaixada em
Havana, na maior mudança diplomática com a ilha desde 1961.
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